Despejo de famílias é adiado em vila

O desespero era marcado pela imagem de crianças em meio a confusão, idosos passando mal

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O aparato policial estava todo montado. Eram 50 homens do RONE, 8 membros da cavalaria e 10 do GATE, estes com seus escudos e usando aqueles tradicionais gorros pretos. A ordem para todos eles era uma só: desapropriar 106 famílias da Vila Corina, no Bairro Primavera, e cumprir o mandado de reintegração de posse.

O desespero era marcado pela imagem de crianças em meio a confusão, idosos passando mal e famílias desnorteadas. ?Essa é uma atitude inadmissível, principalmente vinda do Poder Judiciário. Eles se trancam lá dentro de um prédio e não olham o outro lado. Isso é desumano?, indigna-se a presidente da Federação das Associações de Moradores e Conselhos Comunitários, Neide Carvalho.

Após protesto das famílias, que fizeram barricadas para impedir a entrada da polícia, foi definido um acordo entre os moradores e o dono do terreno. Ele se comprometeu, através de documento, em prorrogar o prazo por 30 dias.

O diretor-geral da Agência de Desenvolvimento Habitacional, Marcelino Fonteles, informou que essas famílias serão encaminhadas para o residencial Jacinta Andrade. No entanto, o clima ainda é de desconfiança, pelo menos por parte da moradora Amanda Suely Vieira. ?Eu só espero que a gente vá mesmo para lá?, duvida a mulher.

A solução parece boa, mas não resolve todos os problemas. As crianças já foram matriculadas nas escolas próximas e os moradores possuem vínculos estabelecidos há pelo menos 3 anos, quando eles ocuparam o terreno. Segundo Neide, as famílias não aceitam que essa mudança seja feita sem planejamento.

FOTOS: JOSÉ ALVES FILHO



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