‘Economia dá para ativar, vidas não tem como ressuscitar’, diz Firmino

O prefeito esclareceu sobre a crise econômica que Teresina pode enfrentar.

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O prefeito de Teresina, Firmino Filho (PSDB), realizou mais uma live através das suas redes sociais onde falou sobre os impactos econômicos que serão gerados com o isolamento social na tentativa de combater o coronavírus na cidade.

Firmino começou destacando que o momento atual tem muita gente opinando, semelhante ao período de Copa do Mundo. “Tem muita gente falando muito, parece que nós estamos em época de Copa do Mundo onde todo mundo é técnico de futebol. As pessoas ficam com muita informação e acaba se tornando confuso. Esse final de semana eu vou virar jornalista, vou atrás dos médicos especialistas da nossa cidade e vou entrevistá-los, nós temos que ouvir quem sabe”, declarou.

MORTES PELO MUNDO

O gestor municipal afirmou que por onde o Covid-19 passa deixa um rastro de destruição, então ele precisa impor medidas para evitar que Teresina seja o próximo alvo. “Isso não é só em Teresina, é em todo o Brasil, em todo o mundo, esse problema é global, não é especifico de uma cidade, é uma coisa séria e grave. Iniciou na China como todo mundo sabe, vem se espalhando e por onde passou deixou um rastro de muito sofrimento. Se não houver medidas restritivas, se nos deixarmos esse vírus solto nós vamos ter uma rapidez de propagação, a população vai estar toda contaminada e 1% da população vai ser levada a óbito. Imaginem, uma cidade com 1 milhão de habitantes, nós teremos 6 mil pessoas morrendo. Isso é muito sério não é brincadeira, estamos falando da vida de pessoas, nossos entes queridos”, afirmou.

“Nós temos que enfrentar essa crise sanitária e ela não é coisa pequena, temos que ter consciência da gravidade do momento, nós não temos nenhuma vacina, vai demorar muito tempo para que ela seja produzida. A única alternativa que nós temos é o isolamento social, se o vírus ficar solto a rede hospitalar não vai dar conta, as pessoas vão morrer sem conseguir acessar o hospital, é o que está acontecendo na Itália, por exemplo. Vamos reduzir a velocidade de propagação do vírus para que a nossa capacidade de atendimento dê conta”, disse.

ISOLAMENTO VERTICAL

Sobre a proposta de isolamento vertical feita pelo presidente Jair Bolsonaro, Firmino afirmou. “As experiências de isolamento vertical não funcionaram, vimos na Inglaterra, Holanda. A estratégia era deixar o vírus rodar nos mais novos e separar os mais idosos e não foi isso que aconteceu por lá. Os idosos precisam das pessoas mais novas, não tem como eles ficarem sozinhos, então os jovens se tornaram propagadores do vírus e causou um caos. Nós temos que fazer o isolamento social. Por isso eu repito, só deve funcionar na cidade ou no estado aquilo que é essencial para a cidade sobreviver, isolamento vertical é uma falácia, nós só temos uma saída”, declarou.

CRISE ECONÔMICA

“Para que nós possamos enfrentar a crise sanitária é necessário que o governo federal, estadual e prefeituras possam fazer sua parte. As medidas preventivas causam problemas econômicos, recessão, desemprego? Sim, podem causar. Mas o problema econômico é causado pelo próprio vírus porque se ele circular, se tiver presente na cidade, as pessoas não vão circular por medo. Qual cliente que vai em uma loja comprar se ele pode pegar o vírus naquela loja e ser passível de morrer? Toda grande epidemia tem graves consequências econômicas, a doença afasta o comércio e mata o negócio. Nós temos uma crise sanitária que necessariamente vai gerar uma crise econômica. Agora se nós tivermos a crise econômica feita com medidas restritivas nós vamos estar poupando vidas, mas se nós tivermos a crise econômica sem medidas restritivas, nós vamos ter a crise junto com um monte de mortes. Entre as duas alternativas a mais racional e mais humana é a imposição de medidas. É duro de dizer, mas é necessário para que a gente possa preservar essas pessoas. A crise econômica causa recessão, mas os economistas tem instrumentais para reavivar uma economia, agora os médicos não tem instrumental para ressuscitar uma vida”, afirmou.

TERESINA SOLIDÁRIA

O prefeito afirmou ainda que vai iniciar uma campanha chamada ‘Teresina Solidária’ para ajudar as pessoas que estão sentindo um maior impacto.

“Os americanos injetaram dois trilhões de dólares na economia, algo superior a 6% do seu PIB, eles querem dar liquidez para as empresas, que elas tenham acesso aos recursos para o negócio continuar girando e injetar dinheiro para as famílias mais vulneráveis, colocar dinheiro na mão de quem está precisando no momento e sofrendo com a crise. Aqui em Teresina nós estamos iniciando o Teresina Solidária, onde vamos distribuir 44 mil cestas básicas para as famílias dos nossos estudantes da rede municipal. Estamos iniciando também uma campanha chamando toda a sociedade, junto com as igrejas, para fazermos uma grande corrente para arrecadar alimentos para dar para quem não tem. Enquanto não chega essa ajuda do Governo Federal nós temos que ser solidários. Vamos dar 10 mil cestas básicas para as famílias mais vulneráveis já na próxima semana, esse gesto é fundamental nesse momento, cada um fazendo a sua parte”.

Crédito: Reprodução/Facebook



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