12 itens da cesta básica custam 37,6% do salário mínimo

O tomate, cebola e carne tiveram grandes altas de preço

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Pesquisa divulgada ontem (09) por técnicos da Fundação Cepro revelam que os itens da cesta básica influenciaram diretamente no aumento do custo de vida do teresinense.

O levantamento do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de Teresina chegou a esse consenso após concluir a estatística dos preços dos produtos e serviços dos sete segmentos analisados mensalmente na pesquisa, demandados pelo consumidor local ao longo do mês de maio de 2015.

O custo de cesta básica vem descrevendo tendência de crescimento progressivo. No caso específico do mês de maio de 2015, o custo para aquisição dos 12 produtos que a compõem, e que representam quantidade de nutrientes para alimentação de uma pessoa adulta durante um mês, foi de R$ 296,23 (duzentos e noventa e seis reais e vinte e três centavos), ou o equivalente a 37,6% do valor do salário mínimo vigente no país.

“De acordo com os produtos componentes da cesta básica, a alta média registrada no mês foi de 4,97%, e nos últimos 12 meses ficou em 8,58%, e o destaque também foi para tomate e carne bovina de 2ª”, especifica Elias Alves Barbosa, estatístico e diretor da pesquisa na Cepro.

De acordo com a pesquisa, no levantamento geral, a alta registrada no mês de maio foi de 0,74%, e teve como principal indutor os produtos alimentícios (+1,65%), especialmente as verduras, hortaliças, frutas e carnes bovinas. No caso das verduras, cabe destacar o aumento registrado pela cebola (+27,03%) e pelo tomate (+28,54%).

“A alimentação teve uma alta surpreendente no último mês, e isso afetou ainda mais a inflação por ser o segmento de maior peso na estrutura do consumidor.

No caso da cebola e do tomate a alta foi tamanha que, mesmo a queda no valor de algumas frutas, como a laranja, o abacaxi e o melão, não foi suficiente para equilibrar a inflação no mês de maio”, explica o diretor da pesquisa na Cepro.

Com relação a outros itens na alimentação, como a carne bovina e o frango, o pesquisador explica que, no primeiro item, a alta nos preços vem sendo percebida desde o começo do ano e em todos os tipos de carne.

“Desde o filé (carne de 1ª) à costela bovina (carne de 3ª) os aumentos vêm prejudicando o bolso do consumidor desde janeiro, sendo que este mês aumentaram novamente (+2,17%) e elevaram o aumento dos últimos 12 meses para (+22,37%)”, aponta o estatístico. Segundo ele, o jeito é “escapar” no frango e no peixe de água doce, que obtiveram pequenas quedas nos preços em maio.

Ao serem avaliados os resultados acumulados no ano e nos últimos 12 meses, que foram de (+4,36%) e (8,45%), respectivamente, constatou-se que nos cinco primeiros meses de 2015, o índice anualizado vem registrando tendência de crescimento progressivo, podendo, se mantiver esta tendência até agora verificada, encerrar o ano com um acumulado da ordem de 10,8%.



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