41% dos brasileiros já tiveram ou estão com o nome sujo, diz SPC

Mais endividados são os consumidores das classes C e D. Pesquisa foi feita no final de agosto, em todas as capitais.

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41% dos brasileiros têm ou tiveram seus nomes bloqueados para fazer compras a prazo, segundo aponta pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), realizada no final de agosto deste ano, em todas as capitais, e divulgada nesta quarta-feira (26).

De acordo com o estudo, os mais endividados são os consumidores das classes C e D porque não fazem planejamento de suas finanças, nem avaliam o custo do parcelamento de suas contas.

?É preciso lidar com essa abundância de crédito. Lamentavelmente, as pessoas não têm experiência anterior de uso de crédito como a que estamos vivendo nos últimos quatro, cinco anos. Mas, apesar disso, não há risco de acontecer o que ocorreu nos Estados Unidos?, disse o economista da SPC Nelson Barrizzelli, referindo-se à bolha de crédito naquele país, em 2008.

Cartão

A pesquisa ainda indica que 54% dos brasileiros possuem renda comprometida com compras parceladas no cartão de crédito. E o número de cartões que os brasileiros possuem é motivo de preocupação, segundo o economista. Isso porque, um percentual muito alto, tanto de consumidores de rendimento familiar mais alto ou mais baixo tem de um até quatro cartões. Segundo o estudo, 64% das famílias com renda até R$ 3.835 possuem entre um e quatro cartões de crédito. Nas famílias com renda superior a esse valor, o percentual é de 77%.

"Isso é preocupante e mostra um descontrole, porque pessoas com diferente poder aquisitivo têm quase o mesmo acesso ao crédito e isso acaba levando a um aumento da inadimplência quando as famílias se vêem sem condições de pagar o que comprou", avaliou Barrizzelli, que defende o uso responsável do crédito e o comprometimento do sistema financeiro com a edução dos consumidores.

Nos últimos dias, os principais bancos do país reduziram os juros de seus cartões ou lançaram produtos diferentes, com juros mais baixos. No Bradesco, a taxa de juros máxima do crédito rotativo foi reduzida em 54%, passando de 14,9% para 6,9%. Já as taxas de juros para parcelamentos nos cartões de crédito caíram de 8,9% para 4,9%, na máxima. No Banco do Brasil, os juros do parcelamento das faturas do cartão Ourocard foram reduzidas de um intervalo de 2,88% a 5,70% ao mês para 1,94% a 3,94% ao mês. Na Caixa a redução chega a 52% na taxa anual do rotativo.



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