A cultura de investimento no Brasil comparada com o resto da América Latina

Nos últimos anos, o Brasil se tornou foco de investimento por parte de muitos países estrangeiros

A cultura de investimento no Brasil comparada com o resto da América Latina | Ascom
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Nos últimos anos, o Brasil se tornou foco de investimento por parte de muitos países estrangeiros, e a cultura de seus cidadãos em relação ao investimento também mudou, enquanto a economia do país foi crescendo. Visto como um país com grande potencial, o Brasil vem atraindo muitos investidores até pela grande visibilidade que o país teve nos últimos anos com grandes eventos de caráter mundial. Contudo, com instabilidade política e toda a situação a nível mundial dos anos mais recentes fizeram não só que o investimento no Brasil e em toda a América Latina que decaísse, mas também a que se assistisse a um desaceleramento da economia.

Tudo isso levou a que procurassem novas formas de aplicar os fundos, em vez de apenas o depósito tradicional em um banco, o que inclui, por exemplo, o uso de uma plataforma de investimento por cidadãos e investidores estrangeiros. Essa acabou por ser uma alternativa bastante procurada por todos os tipos de investidores e, por isso também, assistimos a que o Brasil seja o 5º país do mundo com mais criptomoedas, o que revela o poder não só dessas plataformas, mas também deste tipo de investimento.

O Fundo Monetário Internacional previu crescimento médio do PIB brasileiro no período 2018-2023 em 2,3%. A projeção desse mesmo órgão para o crescimento global é de 3,8% na média 2018-2023, acima das projeções para o Brasil. Abaixo alguns dados do FMI:

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a renda per capita tem uma tendência crescente no Brasil. Os brasileiros perceberam que, para prosperar financeiramente, é importante fazer investimentos, o que tem levado a um aumento de usuários nessas plataformas. Plataformas como a eToro que se têm vindo a atualizar consoante o mercado, mais concretamente passando os seus esforços para o mercado Digital, criando uma possibilidade de investimento repartida. Neste sentido, qualquer pessoa, seja ela especialista ou esteja apenas a começar no mundo dos investimentos, têm acesso a transações em tempo real criando assim um ambiente de igualdade neste concorrido mercado de investimentos.

De acordo com dados do site Brasil Bolsa Balcão, os investidores individuais no Brasil respondem atualmente por 23,06% da participação dos investimentos na Bolsa de Valores, totalizando R$ 240,399 bilhões, entre compras e vendas. Em contrapartida, 48,35% ou R$ 504,037 bilhões de estrangeiros investem e movimentam o mercado brasileiro. Por sua vez, a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais publicou recentemente uma pesquisa que mostra que 58% dos brasileiros não têm ainda nenhum investimento financeiro.

Esses dados demonstram que quando comparados com os estrangeiros, ainda há um grande potencial de investidores neste país. A cultura do investimento tem sido implementada aos poucos no Brasil, com a ajuda das universidades e de personalidades influentes. Na lista dos livros mais vendidos nos últimos anos no Brasil, já existem várias publicações sobre educação financeira, por parte de autores como Robert T. Kiyosaki ("Pai Rico, Pobre Pai"), Gustavo Cerbasi ("Investimentos Inteligentes") e T. Harv Eker ("Os Segredos da Mente Milionária"), entre outros, que ajudaram a mudar a mentalidade dos brasileiros em relação à importância de investir.

Olhando para o quadro acima, do estudo The Brazilian Report, nota-se que o investimento direto por investidores não-residentes tem tido um crescimento substancial.

Brasil e Ásia

O Brasil tem tido uma relação econômica significativa com países asiáticos, notadamente o Japão, principalmente até a década de 1990. No início dos anos 2000, passou a ser a China o principal parceiro de comércio e investimento asiático. Recentemente, a Índia seguiu os passos da China, aumentando suas relações econômicas e políticas com o Brasil, bem como com vários outros países latino-americanos.

Essas relações econômicas e políticas se aprofundaram e se intensificaram, criando relações vitais e estratégicas para o Brasil. Tanto o comércio bilateral quanto o investimento estrangeiro direto entre Brasil, China e Índia se expandiram. Quanto ao Brasil, para vários países da América Latina, a China é o maior mercado de exportação e um dos principais investidores estrangeiros. Este país asiático tornou-se um importante fornecedor de empréstimos para países latino-americanos, principalmente Venezuela, Brasil e Argentina.

América Latina

Os mercados privados latino-americanos, embora estejam em um estágio inicial, têm potencial para se tornarem importantes mercados de investimentos. Investidores privados há muito tendem a América Latina para países da Ásia Oriental e do Pacífico ou subsaarianos africanos. As entradas de capital têm permitiu a estes países um crescimento econômico significativo desde 2010.

De acordo com a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe, 76% das empresas espanholas aumentaram seus investimentos na América Latina em 2019. Os investidores espanhóis optam principalmente pela Colômbia, Brasil e México, de acordo com o relatório "Cenário de Investimento Espanhol na América Latina", elaborado pela IE University, em colaboração com Llorente & Cuenca e Iberia. Segundo Alejandro Romero, Sócio e CEO para as Américas da Llorente e Cuenca, a América Latina está em boa posição para liderar a recuperação econômica global, o que será um atrativo para os investidores.

Outra chave estratégica que possibilitou destacar a América Latina para se tornar alvo de novos investidores é a diversificação de suas indústrias e a internacionalização de suas estratégias. Ou seja, o crescimento das empresas da região, somado a uma gestão adequada de investimentos, tem permitido que muitas empresas da região recuperassem seu prestígio internacional. De acordo com o ranking elaborado pela publicação América Economia, existem cada vez mais empresas mexicanas a se destacarem, como: Cemex, Grupo Alfa, Telmex, Bimbo e América Móvil, ou como Odebrencht, Grupo Vale e JBS Group, no Brasil, e que têm alto potencial para continuar a se internacionalizar. Tudo isso dá ânimo aos investidores brasileiros e estrangeiros com intenções de aplicar seus fundos no país.

Assim, muitas empresas e investidores, principalmente da Europa e dos Estados Unidos, estão agora à procura da América Latina e, em grande parte, do Brasil, com expectativas de maiores lucros para seus investimentos, que já não encontram em outras partes do mundo.

Falando de novas tecnologias e marketing a América do Sul no geral e o Brasil em particular são também uma grande fonte de mão de obra qualificada e conhecimento onde não só estamos assistindo a muitos ativos nestes territórios como há um interesse exterior em procurar o que cá existe e é criado aqui também.

Com isto, a cultura de investimento no Brasil tem aumentado de forma inversa a saúde econômica no país, o que é expectável e uma das formas de ultrapassar. Mas o Brasil tem as bases para o futuro de investimento público e privado bastante apelativos, sendo que, o investimento privado está já a acontecer de forma muito positiva na situação atual.



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