Agência global eleva nota de crédito do Brasil após reforma tributária

Essa mudança foi impulsionada pela recente aprovação da Reforma Tributária.

Nota do Brasil elevou pela primeira vez em 12 anos | Marcello Casal Jr./Agência Brasil
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A agência de classificação de risco S&P elevou a classificação da dívida de longo prazo em moeda estrangeira do Brasil de BB- para BB, marcando um progresso significativo, embora ainda dois níveis abaixo do grau de investimento. É o que consta no relatório divulgado nesta terça-feira (20). Essa mudança foi impulsionada pela recente aprovação da Reforma Tributária.

Esta foi a primeira vez em 12 anos, que a agência elevou a nota da dívida soberana brasileira. A última vez em que a S&P havia elevado a nota da dívida brasileira tinha sido em 2011, quando o Brasil passou da nota BBB- (grau de investimento, garantia de que o país não dará calote na dívida pública) para BBB (um nível acima do grau de investimento). Desde então, o país tinha sofrido sucessivos rebaixamentos, tendo perdido o grau de investimento em setembro de 2015.

A perspectiva também evoluiu de positiva para estável, refletindo a expectativa da S&P de que o Brasil faça avanços graduais na resolução dos desequilíbrios fiscais. Apesar das perspectivas econômicas ainda moderadamente fracas, a agência reconhece melhorias nas projeções de crescimento econômico, embora a situação fiscal continue sendo um desafio para a qualidade de crédito do país.

A agência destaca que a estabilidade é respaldada por uma posição externa robusta e uma política monetária restritiva, contribuindo para controlar a inflação e mantê-la dentro da meta. 

"A perspectiva estável reflete a nossa expectativa de que o país realizará progressos lentos na resolução dos desequilíbrios fiscais e tem perspectivas econômicas ainda fracas, o que pode ser equilibrado por uma posição externa forte e uma política monetária restritiva que está ajudando a fazer a inflação voltar para a meta", disse em nota.

No entanto, a S&P alerta sobre possíveis desafios, indicando que políticas mal implementadas podem resultar em uma deterioração fiscal e um aumento inesperado no peso da dívida, o que poderia levar a uma revisão para baixo da classificação nos próximos dois anos.

Por outro lado, há otimismo de que o Brasil pode alcançar classificações ainda melhores se as reformas estruturais e microeconômicas em andamento contribuírem para a melhoria da trajetória de crescimento de longo prazo do país.



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