ANP confirma aumento de etanol na gasolina de 20% para 25%

A medida deve dar impulso ao mercado de etanol, e ainda melhorar a situação financeira da Petrobras.

A medida deve dar impulso ao mercado de etanol. | Reprodução
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A diretora geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Magda Chambriard, disse nesta quinta-feira (17) que o percentual de etanol misturado na gasolina passará de 20% para 25% no final da safra de cana de açúcar, possivelmente em abril deste ano.

"A gente tem que confirmar a safra, mas estamos achando que sim", disse, durante evento no Rio. A informação foi divulgada pela Agência Brasil, que é pública.

A medida deve dar impulso ao mercado de etanol, e ainda melhorar a situação financeira da Petrobras, sem a necessidade de subir tanto o preço da gasolina.

Atualmente, a estatal vem amargando prejuízos na área de abastecimento, porque importa gasolina para revendê-la, a preços mais baixos, no mercado brasileiro --o governo, controlador da Petrobras, não permite o repasse da instabilidade dos preços do petróleo para os combustíveis.

A estatal tem importado volumes crescentes de combustíveis para atender ao mercado interno. Com o aumento da mistura do etanol, passaria a importar menos gasolina.

O Brasil reduziu a quantia de etanol na gasolina de 25% para 20% em outubro de 2011, devido a uma escassez do biocombustível e a um aumento no preço. Para este ano, no entanto, a indústria de cana afirma ser capaz de atender a uma demanda maior.

Durante a semana, circularam rumores de que a gasolina deve sofrer aumento de 7% ainda em janeiro. O preço do óleo diesel também pode subir entre 4% e 5%, o que seria o primeiro aumento nos postos em quase dez anos.

Petrobras espera por reajuste

Com uma grande carga de investimentos condicionada ao reajuste, o aumento nos preços da gasolina é desejável para a Petrobras (PETR3; PETR4), que planeja investir entre R$ 85 bilhões e R$ 90 bilhões em 2013.

Em 2012, ainda antes do reajuste de 7,8% nas refinarias, a presidente da Petrobras, Graça Foster, havia afirmado que o preço do combustível estava defasado em 15%. Esse aumento não chegou ao consumidor, uma vez que o governo zerou o Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico), principal tributo cobrado do setor.

Desta vez, os postos verão o aumento, que deve ser aliviado com a redução de outros tributos, como PIS/Cofins.

Gasolina subiu em junho, mas alta não chegou ao consumidor

No final de junho, a Petrobras anunciou um reajuste de 7,83% nos preços da gasolina e de 3,94% no do diesel. Em seguida, o governo zerou tributos sobre os combustíveis, para evitar que o aumento chegasse às distribuidoras e aos consumidores. O Ministério da Fazenda divulgou uma nota anunciando que zerou a alíquota da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) incidente na venda da gasolina e do óleo diesel.

O reajuste da Petrobras passou a ser válido nas refinarias a partir de 25 de junho, e considerou os preços da gasolina e do diesel sem os tributos federais Cide e PIS/Cofins, nem o tributo estadual ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).



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