OGX de Eike Batista faz anúncio de acordo tentando evitar quebra

Os novos acionistas fariam uma contribuição de capital de entre US$ 200 e US$ 250 milhões

Os novos acionistas fariam uma contribuição de capital | Reprodução internet
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Rio de Janeiro, 25 dez (EFE).- A empresa Óleo e Gás Participações (OGP), como a companhia petrolífera OGX de Eike Batista foi batizada após se apoiar na lei de falência, anunciou nesta quarta-feira um acordo com seus credores internacionais que pode ajudá-lo a sair da falência.

A empresa informou em comunicado que chegou a um acordo com a maioria dos proprietários de títulos emitidos no exterior no valor de US$ 3,8 bilhões para transformar esses papéis em ações da companhia petrolífera.

Os novos acionistas fariam uma contribuição de capital de entre US$ 200 e US$ 250 milhões que permitiria à empresa pagar as dívidas já vencidas e as de curto prazo, segundo o comunicado divulgado pela OGP.

A empresa, maior petrolífera privada do Brasil e que em outubro aderiu à lei de recuperação judicial (quebra) para poder negociar diretamente com seus credores, garantiria uma recapitalização e a eliminação da dívida de US$ 5,8 bilhões que causou sua quebra.

Isso porque o acordo não eliminaria apenas os títulos de US$ 3,8 bilhões, mas também US$ 1,5 bilhão de indenização pelo descumprimento do contrato e US$ 500 milhões de pagamentos a outros abastecedores.

"A implementação do Plano de Recuperação Judicial permitirá a superação da atual crise financeira da companhia, garantirá a continuidade de suas atividades, com total atendimento de seus objetivos e função social", acrescenta a nota.

Caso o acordo seja aceito por todas as partes, os atuais proprietários da dívida de US$ 5,8 bilhões transformarão seus direitos em uma participação de 90% da companhia petrolífera reestruturada.

A participação dos atuais acionistas, incluindo a Batista, até agora controlador da companhia, será diluída até 10% da empresa.

O acordo de recuperação judicial também prevê que a empresa negocie um empréstimo de entre US$ 10 milhões e US$ 50 milhões de curtíssimo prazo para poder custear a continuidade de suas operações e preservar seus principais ativos até receber o financiamento dos novos acionistas.

A companhia anunciou em 30 de outubro sua aderência à lei de falências e de recuperação devido a seus graves problemas financeiros, para iniciar assim um processo de reunião de credores.

A empresa mais emblemática de Eike foi criada em 2007 quando o então sétimo homem mais rico do mundo ganhou os direitos para explorar 21 campos de petróleo no Brasil.

A empresa abriu seu capital em junho de 2008 em uma operação que lhe permitiu arrecadar 6,7 bilhões de reais (cerca de 3,045 bilhões de dólares) para financiar seus planos de extração de petróleo no Atlântico.

Os problemas financeiros começaram no ano passado, quando a companhia admitiu que a produção prevista para o até então promissor campo de Tubarão Azul seria muito inferior à calculada devido a dificuldades técnicas na extração do petróleo.

Outra empresa do conglomerado de Eike, a companhia de construção naval OSX também anunciou no início de novembro seu apoio na lei de falência.



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