Após perder patente, preço do Viagra cai

Patente vence no próximo dia 20 e empresas poderão produzir genéricos.

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Viagra | G1
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A pouco mais de dez dias de perder a patente no Brasil, o Viagra vai ficar até 50% mais barato no país, informou nesta terça-feira (8) a Pfizer, dona da marca.

Segundo a empresa, as farmácias que receberem o produto a partir desta terça já terão o Viagra com o valor reduzido.

A Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (PróGenéricos) afirmou que, mesmo com a redução no preço do remédio de referência, o genérico deve ficar mais barato.

Até agora, cada comprimido do Viagra custava algo em torno de R$ 30, dependendo do estado brasileiro. Agora, ele passa a sair por cerca de R$ 15. A Pfizer também anunciou o lançamento da embalagem com apenas um comprimido. Anteriormente, o Viagra era vendido em caixas com a partir de duas unidades.

O Brasil é o primeiro dos 120 países em que o Viagra é comercializado a dar a patente como vencida. Em 28 de abril, o Superior Tribunal de Justiça decidiu que a patente do medicamento vencerá em junho deste ano, como previsto pela legislação brasileira -- que prevê a proteção da propriedade industrial de remédios por 20 anos após o primeiro registro. O Viagra, segundo o STJ, foi registrado em junho de 1990 na Inglaterra.

A Pfizer afirma que o pedido feito na Inglaterra não foi concluído e que o registro só foi formalizado em 1991, na União Europeia. Por isso, a fabricante pedia uma extensão de um ano nesse prazo, até 2011. Nos Estados Unidos e na Europa a patente deve vencer nessa data.

A farmacêutica ainda pode recorrer da decisão, segundo o diretor de negócios da empresa, Adilson Montaneira, mas isso ainda está sob estudo. "Ainda estamos esperando. Temos que avaliar o teor da decisão para poder depois tomar uma nova decisão [sobre recorrer]. Você precisa ter um embasamento legal. Mas independente disso, a decisão de abaixar o preço está tomada", afirmou ele ao G1.

Segundo Montaneira, a Pfizer espera perder 30% do mercado de medicamentos para disfunção erétil no próximo ano, devido à concorrência dos genéricos - percentual que é abaixo dos 70% previstos quando um remédio perde a patente, segundo ele.

A companhia, de acordo com o executivo, pretende manter o mesmo nível de investimentos no produto que tinha anteriormente. "Temos estudos que nos ajudaram a tomar essa decisão que nos levam a acreditar que esse mercado deve de duplicar a triplicar nos próximos anos. E a nossa decisão visa capturar uma parte importante desse crescimento do mercado", afirma Montaneira.

Apesar das facilidades no preço e na apresentação, a Pfizer ressalta que o Viagra deve ser tomado com recomendação médica. "A recomendação da Pfizer e a minha e a de todos os médicos é a de que o Viagra é um remédio e deve ter prescrição médica", afirma o diretor médico da empresa, João Fittipaldi.



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