Troca de preços: Valores mudam da gôndola ao caixa

Pesquisa revela que o valor cobrado pelo produto no caixa é maior do que o preço que aparece na gôndola.

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Atenção ao passar compras no caixa. | Reprodução
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A pesquisa semanal de preços realizada pelo Jornal Meio Norte nas quatro grandes redes de supermercados da capital esta semana trouxe algumas novidades em relação à postura de alguns supermercados que, certamente, não irão agradar ao consumidor.

Contudo, serve de alerta para aqueles consumidores mais desatentos, que não têm o hábito de conferir item por item, quando chega a hora de registrar os produtos no caixa e efetuar o pagamento das compras.

O supermercado que teve um melhor desempenho nesta semana foi novamente o Extra, que repetiu o bom desempenho da semana anterior, e ofereceu preços mais atrativos para vários produtos, com um total de R$ 260,89.

O Hiper Bom Preço (R$ 268,86), que vinha registrando o primeiro lugar entre os supermercados mais vantajosos há várias semanas consecutivas, nesta ficou atrás do Comercial Carvalho (R$ 267,46), que ocupa a segunda colocação esta semana, mas com ressalvas.

Por conta da grande diferença de preços encontrada em relação ao valor apresentado para o consumidor na gôndola e o que é realmente cobrado no caixa do Comercial Carvalho da Homero Castelo Branco, o consumidor desatento teve um prejuízo significativo.

Entre atacadões, pesquisa foi disputada

O Maxxi Atacado, com a soma de R$ 72,41, voltou ao primeiro lugar, com uma vantagem de apenas 09 centavos para o segundo colocado, o Atacadão Carrefour (R$ 72,50).

Em terceiro lugar aparece o Carvalho Mercadão, com R$ 75,25, uma vantagem de apenas R$ 0,56 centavos em relação ao último colocado, o Makro, cuja soma dos produtos chegou a R$ 75,81.

Vários itens tiveram que ser desconsiderados da soma geral dos preços, alguns porque não foram encontrados e outros por conta da impossibilidade de encontrar produtos de marcas similares em todos os estabelecimentos.

O consumidor ainda sofre ao fazer pesquisas ou realizar compras em alguns atacadistas, haja vista que muitos produtos aparecem sem identificação de preço e, em alguns casos, o mesmo produto aparece com dois preços diferentes no mesmo local (para a pesquisa JMN foi considerado o menor preço informado quando essa situação ocorreu).

Quando foi possível comparar marcas similares, esse procedimento foi utilizado (caso do amaciante e do guaraná em lata, por exemplo). A metodologia continua a mesma: produtos que contêm a marca especificada na tabela são pesquisados considerando a presença do produto da marca na prateleira, e nos itens sem especificação de marca, o critério é o menor preço.

*Tabela de preços no Jornal Meio Norte de hoje 20/6/2012

Supermercados: o que fazer quando o preço da gôndola é diferente do que aparece no caixa?

Os consumidores mais desatentos, que realizaram suas compras nos dias 18 e 19 na unidade do Comercial Carvalho da Homero Castelo Branco, acumularam prejuízos se não ficaram atentos aos valores anunciados e os realmente pagos.

Nossa pesquisa semanal descobriu que o valor cobrado pelo produto no caixa é maior do que o preço que aparece na gôndola em pelo menos 17 itens, do total de 52 pesquisados.

Este preço pode ser conferido no gráfico mostrando as diferenças de valores que, em alguns casos - a exemplo do desodorante aerosol Nívea Energy Fresh - a diferença chega a um valor significativo de R$ 2,50.

Por isso, na hora de ir às compras, os consumidores devem estar atentos ao valor das mercadorias, conferindo sempre a compatibilidade do preço anunciado na gôndola e o valor indicado no visor do caixa.

Caso seja detectada alguma diferença ou irregularidade nos preços das mercadorias, o consumidor pode exigir que seja cobrado o menor valor. Se o cliente perceber a discrepância do valor somente depois de finalizar a compra, ele deve procurar o supermercado para que seja retornado o valor pago a mais.

Se o consumidor sentir que o estabelecimento está usando de má fé, deve recorrer à formalização de denúncia no Procon, pois é através da formalização do fato que o órgão de defesa do consumidor irá intensificar a sua fiscalização.

O supermercado que for pego com valores diferentes para esta relação - gôndola x caixa - está sujeito ao pagamento de multas. Além de serem obrigados a corrigir os valores, também são obrigados a instalar leitores óticos para que os consumidores possam conferir os valores dos produtos antes de passarem pelo caixa.

No caso da pesquisa semanal realizada pelo Jornal Meio Norte, a alteração dos preços diferentes encontrados na gôndola e cobrados nos caixas do Comercial Carvalho da Homero Castelo Branco foi descoberta justamente através do uso do leitor ótico para conferir os valores.

De acordo com artigo 31 do Código de Defesa do Consumidor (CDC), a oferta e apresentação de produtos e serviços devem assegurar informações corretas, claras e precisas.

É importante que o consumidor saiba quais são seus direitos diante dessa situação de preço diferenciado entre a gôndola e o caixa, para que possa exigir do supermercado a correção e denuncie a prática ao Procon para que haja fiscalização.



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