Aumentar tarifa de importação foi decisão “corajosa”, diz Dilma

Na terça, Dilma anunciou tarifas maiores para importação no Mercosul

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Presidente Dilma com vice-presidente e ministros em evento no Palácio do Planalto | Presidência da República
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A presidente da República, Dilma Rousseff, defendeu nesta quarta-feira (21) a decisão do Mercosul de aumentar os impostos de 100 produtos, que passarão a ser importados pelo bloco mediante uma taxa 35%, a mais alta permitida pela Organização Mundial do Comércio (OMC).

Dilma afirmou que ?o objetivo dessa decisão é um só, preservar os empregos da região?. Ela disse ainda que a decisão do bloco foi ?corajosa, sábia, e uma decisão que respeita as regras do jogo da OMC?.

O aumento do tributo, afirmou a presidente, poderá ?impedir que um dos efeitos mais perversos dessa crise, que vem sendo uma prática sistemática de competição, eu diria assim, muito pouco leal, através de praticas como dumping, através de práticas como o uso da guerra cambial [...] para tomar o nosso mercado ou para tomar qualquer mercado do mundo?.

A presidente discursou durante cerimônia de contratação de obras de saneamento em municípios com até 50 mil habitantes, previstas na segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2).

Durante seu discurso, criticou os países desenvolvidos que, afirmou, promovem uma ?avalanche? de importações nos demais países porque não têm mercado interno.

?Os países desenvolvidos têm as suas indústrias manufatureiras sem mercado, por isso vão buscar aqueles mercados que podem, na visão deles, absorver sus produtos. Isso significa uma avalanche de importações no mundo inteiro?.

Estados Unidos

Dilma criticou a ?oposição destrutiva dos republicanos?, ao comentar sobre o embate político do Congresso norte-americano durante a discussão de ampliação do teto da dívida do Tesouro. Ela disse ter ficado ?perplexa? com a situação, que comparou a um ?tiro no pé?.

?Nós vimos perplexos aquela questão da autorização teto da dívida americana ocorrer. Perplexos por quê? Porque era como se nós, por exemplo, déssemos um tiro no nosso próprio pé, porque no dia seguinte eles foram rebaixados?, declarou.

A presidente afirmou que o embate entre democratas e republicanos nos Estados Unidos ?não deriva de jeito nenhum de falta de dinheiro?, mas sim de ?decisões políticas que nós não vemos ser tomadas em definitivo?.

Disse ainda que o Brasil está na ?vanguarda? da relação republicana entre governo e oposição.

?Nós não vivemos aqui práticas como aquelas desenvolvidas em alguns países [...], em que a situação e a oposição principalmente não olham, no caso desses países, o interesse da nação, mas cria-se uma briga política sem fim?, afirmou.



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