Cheque especial: BB anuncia corte nos juros de 50%

A medida já havia sido antecipada na quarta-feira (2), após o banco divulgar o balanço do 1º trimestre

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Segunda-feira (30) a presidente Dilma elevou o tom na guerra do governo para que bancos privados reduzam os juros | Divulgação
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O Banco do Brasil anunciou nesta sexta-feira (4) novos cortes nas taxas de juros para financiamentos à pessoa física, com destaque para cheque especial e crédito pessoal. A medida já havia sido antecipada na quarta-feira (2), após o banco divulgar o balanço do 1º trimestre, no qual teve lucro de R$ 2,502 bilhões (14,7% menor na comparação com igual período de 2011).

A taxa do cheque especial para clientes que tenham conta salário no banco e aderiram ao programa "Bom Pra Todos" caiu da máxima de 8,31% para a taxa única de 3,94% ao mês. A redução nesse caso é de 52,6%. Dentro do mesmo programa, a linha de crédito pessoal automática caiu da máxima de 5,79% para o teto de 3,94% (queda de 31,9%).

O empréstimo com veículo como garantia sai da média de 3,20% para 1,58% (menos 50,6%), disse o banco. O BB foi o primeiro banco a anunciar queda nas taxas de juros, em 4 de abril. Após essa medida, vários bancos também cortaram as taxas, entre eles Caixa, Bradesco, Itaú, Santander, HSBC e Citibank.

Nesta segunda-feira (30), a presidente Dilma Rousseff elevou o tom na guerra do governo para que bancos privados reduzam os juros cobrados aos consumidores. Em pronunciamento na TV, Dilma pressionou as instituições a seguir o movimento de cortes anunciado pelos concorrentes públicos e disse ser inadmissível que o Brasil continue com uma das taxas mais altas do mundo.

A guerra para a redução das taxas se intensificou nas últimas semanas, com Banco do Brasil e Caixa anunciando cortes nos juros numa tentativa de forçar uma redução por bancos privados, que acompanharam em parte o movimento.

Além de usar os bancos estatais como arma para forçar a redução das taxas, o governo tem tido a colaboração do Banco Central, que tem cortado sistematicamente a taxa básica de juros brasileira (Selic), hoje em 9%.

Dilma e outros integrantes do governo vêm demonstrando publicamente desagrado com as taxas de juros e o spread bancário -a diferença entre o valor pago pelos bancos para captar recursos e o cobrado pelos tomadores de crédito.



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