Bilionários pedem em carta para serem taxados durante fórum: “Nos tributem”

Documento foi lançado em Davos, na Suíça, onde acontece desde segunda-feira o Fórum Econômico Mundial

Abigail Disney, Simon Pegg e Brian Cox são signatários da carta endereçada à elite global | Imagens: Reprodução/Instagram
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Mais de 250 bilionários e milionários uniram suas vozes em uma carta aberta, instando à imposição de tributos sobre seus próprios patrimônios. O manifesto foi divulgado durante o Fórum Econômico Mundial em Davos, Suíça, que se iniciou na segunda-feira (15). "Se os representantes eleitos das principais economias do mundo não tomarem medidas para enfrentar o aumento dramático da desigualdade econômica, as consequências continuarão a ser catastróficas", diz a carta. As informações são do site Quartz.

"Nosso pedido é simples: pedimos que nos tributem, os mais ricos da sociedade. Isto não alterará fundamentalmente o nosso nível de vida, nem privará os nossos filhos, nem prejudicará o crescimento econômico das nossas nações. Mas transformará a riqueza privada extrema e improdutiva num investimento para o nosso futuro democrático comum", acrescenta o documento.

A carta conta com a participação signatários, incluindo Valerie Rockefeller, herdeira da renomada dinastia do petróleo nos Estados Unidos; o aclamado ator Brian Cox, famoso por seu papel como o empresário Logan Roy em "Succession", da HBO; e a cineasta Abigail Disney, defensora de longa data da reforma patrimonial e herdeira do império Disney. Entre os signatários encontra-se o brasileiro João Paulo Pacifico, CEO de Investimentos de Impacto do Grupo Gaia e membro do Conselho Fiscal do Greenpeace Brasil, representando o Brasil na iniciativa.

Em nações como os Estados Unidos, a disparidade entre as classes sociais continua a se acentuar. Uma análise de longo prazo revelou que ao longo de três décadas, o patrimônio líquido do 1% mais rico dos americanos aumentou em US$ 21 bilhões, enquanto o dos 50% mais pobres diminuiu em US$ 900 bilhões. Atualmente, as famílias americanas que compõem os 50% mais pobres detêm apenas 2% da riqueza total do país. No Brasil, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) estima que a renda dos mais abastados cresceu a uma taxa duas a três vezes superior à média registrada pelos 95% restantes da população brasileira.



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