BNDES planeja criar crédito para cobrir perdas e danos por mudanças do clima

BNDES já administra o Fundo Clima, financiado com recursos da União, para apoiar a transição climática no país com juros subsidiados.

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Nelson Barbosa, diretor de Planejamento e Estruturação de Projetos do BNDES | Fernando Frazão/Agência Brasil

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está considerando a criação de linhas de crédito especiais para cobrir perdas e danos causados pelas mudanças climáticas, conforme afirmou Nelson Barbosa, diretor de Planejamento e Estruturação de Projetos, durante um evento global sobre financiamento climático. O encontro reuniu representantes de bancos de desenvolvimento e membros de governos do G20, onde Barbosa defendeu a necessidade de uma linha de crédito para a reconstrução do Rio Grande do Sul.

Desafios

Barbosa destacou que, diante da nova realidade dos eventos climáticos extremos, os bancos de desenvolvimento precisarão enfrentar questões como os efeitos dos refugiados climáticos. “O volume de recursos envolvidos e o prazo necessário tornam inevitável uma participação mais direta do governo”, afirmou Barbosa. “O BNDES cumprirá seu papel, auxiliando o Ministério da Fazenda e as demais autoridades regionais nessa reconstrução.”

“Nesse momento, a gente enfrenta um novo desafio devido aos eventos climáticos do Rio Grande do Sul, que irão requerer uma linha de crédito especial para reconstrução. Já temos linhas para mitigação e para adaptação, agora temos que pensar também em linhas para cuidar de perdas e danos”, disse o diretor do banco.

Fundo tem R$ 10 bilhões

Ele lembrou que o BNDES já administra o Fundo Clima, financiado com recursos da União, para apoiar a transição climática no país com juros subsidiados. Atualmente, o fundo possui US$ 2 bilhões (cerca de R$ 10 bilhões).

Debates

Tatiana Rosito, secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, mencionou que o montante necessário para lidar com as mudanças climáticas vem sendo discutido há anos. Ela também destacou o papel crucial que os bancos multilaterais de desenvolvimento terão nesse cenário.

“Sabemos que teremos que ir de bilhões para trilhões. O diagnóstico é muito claro, temos que avançar nas melhores formas de lidar com o compartilhamento de riscos e na conexão de diferentes instituições, locais ou globais, nacionais ou subnacionais, e reunir recursos públicos e privados para atingir a escala que necessitamos”, disse Rosito.



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