Bolsa de Valores cai 10% no ano e é a pior aplicação brasileira

Renda fixa e poupança batem a inflação e são os investimentos mais rentáveis de 2011.

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Nem a deflação de 0,18% registrada neste mês pelo IGP-M (o índice dos aluguéis) evitou as perdas do investidor com as aplicações de maior risco. Bolsa e dólar sofreram desvalorizações em junho e, por enquanto, não figuram entre as melhores recomendações de investimentos para o semestre que se inicia hoje.

Mesmo com perdas de 3,4% no mês e de 9,9% no ano, o que deixou várias ações a preços atrativos, analistas recomendam critério na hora de movimentar o capital aplicado na Bolsa. "Temos de lembrar que não é a Bolsa de Valores que está caindo, é o [índice acionário] Ibovespa. Alguns setores da Bolsa, como telecomunicações e energia, tiveram um desempenho muito forte neste ano", diz Marco Saravalle, analista de investimentos da corretora Coinvalores. O dólar recuou 1,1% neste mês e 6,2% no semestre, trazendo os preços da moeda americana de volta aos patamares de agosto de 2008.

Ainda assim, os analistas do mercado acreditam que o câmbio não oscile muito nos meses à frente.

O fim do programa de estímulo nos Estados Unidos, que despejou bilhões de dólares naquela economia, pode fazer efeito na liquidez mundial; por outro lado, a "isca" dos juros brasileiros ainda continuará atrativa para o capital externo.

O setor financeiro está dividido: uma parcela dos economistas prevê que a taxa básica de juros do país (12,25%) pare de subir em julho; outra parcela joga o ajuste final para agosto. O cenário, portanto, segue favorável para a renda fixa: no mês, os fundos DI e os CDBs tiveram retornos (sem descontar imposto) de 0,95% e 0,94%, respectivamente, batendo com folga a deflação de junho.

No semestre, o desempenho se repete, com rentabilidade de 5,48% e 5,58%, ante uma alta de 3,15% do IGP-M. A caderneta de poupança também conseguiu superar a alta dos preços, com retorno de 0,6% em junho e de 3,6% no semestre. Para o ano, a expectativa é que a inflação (IPCA) volte a subir, mas que dificilmente estoure o centro da meta "cheia" deste ano (6,5%), perseguida pelo governo.



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