No mês de junho de 2023, o Brasil registrou um marco significativo em sua indústria de petróleo e gás natural, com a produção total atingindo um recorde de 4,324 milhões de barris de óleo equivalente por dia (Mmboe/d). Os dados foram divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) em seu Boletim Mensal da Produção de Petróleo e Gás Natural.
Desse impressionante total, 3,367 milhões de barris por dia (MMbbl/d) correspondem à produção de petróleo, enquanto 152,258 milhões de metros cúbicos por dia (MMm³/d) referem-se ao gás natural. Essa notável marca superou até mesmo o recorde anterior, registrado em fevereiro, quando a produção alcançou 4,183 MMboe/d. O aumento na produção de petróleo foi de 5,2% em relação ao mês anterior e surpreendentes 19% em comparação a junho de 2022.
A ANP destacou que esse volume é o maior já registrado, ultrapassando o recorde anterior de janeiro de 2023, quando foram produzidos 3,274 Mmbbl/d. Em relação ao gás natural, a produção também apresentou um notável crescimento de 5,4% em relação ao mês anterior e 14,6% em comparação a junho de 2022. Mais uma vez, a produção atingiu uma marca recorde, superando o valor anteriormente registrado em outubro de 2022, quando foram produzidos 149 MMm³/d.
Dentre as explicações dadas pela agência reguladora para as variações na produção, destacam-se situações como paradas programadas para manutenção, início de operação de novos poços, comissionamento de novas unidades de produção, entre outras ações típicas do setor de petróleo e gás natural, todas buscando a operação estável e contínua, bem como o aumento da produção ao longo do tempo.
Pré-sal obteve desempenho significativo
O pré-sal, uma das áreas mais promissoras para a produção de petróleo e gás no Brasil, teve um desempenho significativo em junho, registrando uma produção de 3,243 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d). Essa produção representou 75% da produção total do país no mês. Dos 3,243 milhões de boe/d produzidos no pré-sal, 2,553 milhões de barris diários (bbl/d) são de petróleo, enquanto 109,8 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d) são de gás natural, provenientes de 142 poços.
No que diz respeito ao aproveitamento do gás natural, a taxa alcançou 97% em junho de 2023. Do total disponibilizado ao mercado, que foi de 55,40 milhões de m³/d, apenas 4,58 milhões de m³/d foram queimados. Esse valor representou um aumento de 10,7% na queima em relação ao mês anterior e de 5,4% em comparação com junho de 2022.
Os campos marítimos foram responsáveis por 97,6% da produção de petróleo em junho, enquanto os campos operados pela Petrobras, sozinha ou em consórcio com outras empresas, responderam por 88,3% do total produzido. A produção teve origem em 6.305 poços, sendo 514 marítimos e 5.791 terrestres.
O destaque da produção de petróleo e gás foi o Campo de Tupi, localizado no pré-sal da Bacia de Santos, que alcançou um impressionante volume de 790 mil bbl/d de petróleo e 37,78 milhões de m³/d de gás natural. A instalação com a maior produção de petróleo e gás natural foi a FPSO Guanabara na jazida compartilhada de Mero, com 177,029 mil bbl/d de petróleo e 11,35 milhões de m³/d de gás.
Esses resultados demonstram o potencial do Brasil como um importante ator na indústria global de petróleo e gás natural, impulsionando o país rumo a um futuro mais robusto e promissor no setor energético.
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