Baseado em tecnologia japonesa, Brasil pode ter padrão de TV digital

O Uruguai está decidido a adotar o padrão nipo-brasileiro.

TV Digital | Divulgação
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O Brasil está a um passo de ter seu padrão de TV digital, baseado em tecnologia japonesa, disseminado na América do Sul.

O Uruguai está decidido a adotar o padrão nipo-brasileiro. O país já assinou contratos com a União Europeia no ano passado, mas o projeto ainda não saiu do papel e o acordo deve ser cancelado. A Colômbia tende a tomar a mesma decisão.

Os dois países eram os únicos na região a optar pelo padrão europeu de TV digital, principal concorrente do modelo nipo-brasileiro. Agora, ambos ensaiam um recuo do padrão europeu devido a problemas de financiamento por conta da crise no continente. A Europa não conseguiu honrar a promessa de investimentos em pesquisa e tecnologia previstos nos contratos, estimados em US$ 50 milhões.

O Uruguai deverá trocar de modelo rapidamente. A Colômbia, no entanto, já comercializou alguns receptores com tecnologia europeia, o que tornará mais penosa a migração para o sistema nipo-brasileiro.

"Colômbia e Uruguai se veem sozinhos no continente na implementação de TV digital, o que acaba tornando o processo demorado", afirmou Flávio Lenz César, assessor da Secretaria de Telecomunicações do Ministério das Comunicações.

Para ele, o isolamento do Uruguai incomoda mais o Brasil, por se tratar de um país do Mercosul.

Caso se tornem parceiros do Brasil, os dois países terão assistência técnica e desenvolvimento de capacidades locais de produção, como acontece com os demais que já adotam o modelo.

Com Uruguai e Colômbia, restarão apenas Guiana, Guiana Francesa e Suriname para uma América do Sul 100% padronizada.

De acordo com César, Guiana e Suriname já mostraram interesse no modelo brasileiro, mas a Guiana Francesa deverá adotar o modelo europeu.

O assessor afirmou ainda que países do sul da África e também o Irã já procuraram o Brasil sobre o assunto. Com o mesmo padrão, países poderão tornar mais barato o custo de fabricação de equipamentos, como o conversor do padrão nipo-brasileiro, e intercambiar conteúdo.

COOPERAÇÃO

O intento de uma TV regional é antigo e foi tema de conversa entre o presidente Lula e seu colega colombiano, Juan Manuel Santos, em visita a Brasília em setembro.

Lula fez questão de falar de avanços alcançados pelos países que adotaram o modelo nipo-brasileiro e ressaltou a possibilidade de maior cooperação econômica e tecnológica.

Procuradas pela reportagem para falar sobre modelo nipo-brasileiro de TV digital, as embaixadas do Uruguai e da Colômbia não se manifestaram.



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