Brasil precisa de uma nova agenda de desenvolvimento, diz Padilha

Ministro de Relações Institucionais fala em “metas de crescimento”

|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse nesta sexta-feira (23), durante abertura da reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), em Brasília, que o Brasil precisa de uma "nova agenda de desenvolvimento" por conta dos resultados registrados nos últimos anos.

"Precisamos superar desafios urgentes para que se mantenha um ciclo permanente de crescimento. A sustentação do modelo que temos hoje nos obriga a pensar em metas de crescimento. Tivemos zero de crescimento em 2009. Esse enfrentamento do ano passado nos vislumbra alguns desafios", disse Padilha a uma plateia de empresários.

Ao defender metas de crescimento para o país, Padilha não está totalmente alinhado com o modelo econômico vigente, pelo qual são priorizadas as metas de inflação. A meta central de inflação para este ano, e para 2011, é de 4,5%, com base no IPCA, tendo uma banda de dois pontos percentuais para cima e para baixo como intervalo de tolerância. O Banco Central tem argumentado, nos últimos anos, que dois tipos de metas não poderiam ser buscadas ao mesmo tempo.

Entretanto, no mesmo discurso, Padilha também afirmou que o controle da inflação é um tema central. "Para assumirmos a inflação como meta central do país, muita gente foi derrotada. Tivemos de ser derrotados em 1994 [no Plano Real, que pôs fim ao processo hiperinflacionário] para assumir que a inflação é um tema central", disse ele.

O ministro argumentou, também, que a crise financeira mostrou que o papel do Estado é fundamental. "A construção civil sentiu isso na pele. Os instrumentos públicos tiveram um papel importante", disse ele. Acrescentou que a crise internacional também demonstrou a força do Brasil. "Não dependíamos mais de 30% dos EUA, ou 65% dos EUA, UE e Japão", afirmou.

Em uma alusão ao pré-candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, que disse neste mês que sua candidatura veio para "unir o Brasil", Padilha afirmou que o CDES é um fórum que já atua desta forma. "Hoje, muito se fala em unir o Brasil. Um dos espaços é o CDES. Porque ele foi construído de forma empírica, dialogando e negociando. Não tinha nenhum modelo teórico em como fazer antes de 2002. Não havia nenhuma cartilha em como fazer", disse ele.

"Estamos construindo um novo modelo de desenvolvimento econômico e social. Uma construção coltiva, fortemente negociada. É um contraponto aos modelos que foram construídos sem o debate democrático. Uma das questões fundamentais é que o tempo todo este conselho apostou no diálogo e na construção de consensos", declarou.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES