Brasil usa Olimpíada e Copa para atrair investidores estrangeiros

De acordo com o ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Miguel Jorge, o país precisa de US$ 48 bilhões em investimentos

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 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comandou em Bruxelas uma intensa campanha para conquistar investimentos estrangeiros para o Brasil, usando como argumentos a realização da Olimpíada de 2016 no Rio de Janeiro e da Copa do Mundo de 2014 no país.

"Abrem-se extraordinárias oportunidades de negócios", disse Lula nesta segunda-feira a uma plateia formada por empresários belgas e brasileiros no encerramento de um seminário. A seu lado estavam o príncipe Felipe da Bélgica e o ministro de Exteriores belga, Yves Leterme, que haviam se reunido com o presidente momentos antes.

De acordo com o ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Miguel Jorge, o país precisa de US$ 48 bilhões em investimentos para a construção e reforma de estádios e para os setores de telecomunicações e hotelaria nas doze cidades sede da Copa de 2014. Pequenez O ministro também estima investimentos de US$ 14 bilhões para a Olimpíada de 2016, dos quais 72% correspondem a obras de infraestrutura.

"A Bélgica tem muito mais razão de, em 2010, fazer mais investimentos no Brasil", insistiu Lula, recordando que em 2008 os investimentos belgas no país somaram US$ 1,9 bilhões e o comércio bilateral duplicou nos últimos quatro anos, chegando a US$ 7 bilhões. Por sua parte, o ministro belga afirmou que as companhias belgas têm "muita experiência na construção de instalações para a Copa de 2014". "Vocês jogarão a final, nós construiremos a infraestrutura", brincou Leterme.

Autoestima

Lula ainda disse aos empresários belgas que o Brasil voltará a crescer 5% ao ano em 2010 e, de acordo com estimativas do Banco Mundial, poderá ser a quinta economia do mundo em 2016 se manter o ritmo de crescimento. O presidente ressaltou que o país não é apenas um grande produtor agrícola, mas também pode oferecer tecnologia a seus sócios comerciais, como é o caso dos biocombustíveis, que definiu como uma "alternativa segura, limpa e eficaz", que pode ajudar os países desenvolvidos a cumprir suas metas de redução de emissões de gases com efeito estufa.

Destacando a posição do Brasil no cenário mundial, Lula defendeu que a melhor maneira do país ser respeitado internacionalmente é acreditando em seu potencial. "Acho que o Brasil não pode repetir os erros que cometeu no século 20, quando o Brasil não acreditava em si, achava que tudo o que era feito nos outros países era melhor, que nós éramos coitadinhos e que tínhamos que pedir licença para todo o mundo", disse. "Não é possível que um país que tem a terceira fábrica de aviões do mundo --que muitos aviões que voam na Bélgica são da Embraer, incluindo o de sua majestade-- seja vendido ao mundo apenas como as favelas do Rio de Janeiro ou como carnaval e o futebol", insistiu.

O presidente culpou os próprios brasileiros de promover a "pequenez com que durante muito tempo as pessoas de fora viram o Brasil". A delegação brasileira dará continuidade à campanha por investimentos estrangeiros na terça-feira, em Estocolmo, capital da Suécia, com uma reunião bilateral com o governo sueco e um encontro reunindo empresários de ambos países. Antes, Lula e sua equipe participam da terceira cúpula entre o Brasil e a União Europeia, também na capital sueca.



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