Com crise, mercado prevê menos inflação, juros e crescimento

Estimativa de inflação do mercado para 2011 recuou de 6,31% para 6,28%.

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Com a piora da crise financeira internacional nas últimas semanas, os analistas do mercado financeiro revisaram para baixo as suas estimativas para a inflação, para o crescimento da economia brasileira neste ano e para a taxa básica de juros da economia brasileira, informou o Banco Central nesta segunda-feira (8) por meio do relatório de mercado, também conhecido como Focus.

Segundo o documento, que é fruto de pesquisa do BC com os bancos, a previsão dos economistas das instituições financeiras para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano caiu de 6,31% para 6,28%. A previsão para o IPCA de 2012, por sua vez, passou de 5,30% para 5,27%. Na semana passada, o presidente do BC, Alexandre Tombini, avaliou que a piora da crise financeira internacional impacta para baixo a inflação no país.

Pelo sistema de metas de inflação, que vigora no Brasil, o BC tem de calibrar os juros para atingir as metas pré-estabelecidas. Neste momento, a autoridade monetária já está nivelando a taxa de juros para atingir a meta do próximo ano. Em 12,50% ao ano, a taxa está no patamar mais alto desde o começo de 2009.

Para 2011 e 2012, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Deste modo, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida.

Sobre a taxa de juros, a expectativa dos analistas dos bancos recuou de 12,75% para 12,50% ao ano (patamar atual da taxa) para o fechamento de 2011. Com isso, o mercado financeiro deixou de acreditar que a taxa básica de juros da economia brasileira terá uma nova elevação em agosto. Passou a prever manutenção dos juros em seu atual patamar. Para o fechamento de 2012, a previsão foi mantida em 12,50% ao ano - de modo que o mercado não prevê mudança nos juros também até o fim do próximo ano.

O mercado financeiro também baixou, na semana passada, a sua estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2011 de 3,96% para 3,94%. Para 2012, a previsão do mercado de crescimento da economia brasileira permaneceu estável em 4%.

Nesta edição do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2011 permaneceu inalterada em R$ 1,60 por dólar. Para o fechamento de 2012, a previsão do mercado financeiro para a taxa de câmbio ficou estável em R$ 1,65 por dólar.



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