Com mais de R$ 5 milhões investidos, Piauí avança na criação de startups

Mais de 20% das sturtups e empresas apoiadas desenvolvem projetos com o tema Agro. A FAPEPI apoia projetos das instituições de educação superior, da EMBRAPA e de empresas privadas.

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Ciro Gonçalves e Sá | Divulgação
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Além de ser um dos estados do Brasil com maior conectividade, o Piauí experimenta o avanço no desenvolvimento de startups, empresas inovadoras e sustentáventáveis que atuam em áreas estratégicas para o desenvolvimento.

Segundo Ciro Gonçalves e Sá, diretor de Desenvolvimento Científico e Tecnológico da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (FAPEPI), a pandemia da Covid-19 impulsionou startups no estado e a expectativa é de que neste ano, mais empresas sejam criadas no estado.

Em entrevista ao Meio Norte, Ciro Sá diz que instituições como a UFPI, Uespi, IFPI, UFDPAR contribuem muito para formação de recursos humanos altamente qualificados e com pesquisas direcionadas ao desenvolvimento social, econômico e tecnológico do Estado. "A FAPEPI já realizou parceria institucional com a UESPI e em breve realizará com a UFPI, buscando uma maior aproximação da academia com o governo do estado com o intuito de fortalecer as cadeias produtivas do Piauí através da aplicação da tecnologia", explica.

Com o apoio da Fapepi, o Centelha e a Tecnova fomentam a inovação no estado. "O Centelha fez surgir 20 novas startups piauienses e o Tecnova está apoiando 13 empresas piauienses na execução de projetos com elevado risco tecnológico. Muitas dessas empresas já foram qualificadas por programas de acesso a mercados e já participaram de rodadas de negócios", disse, enfatizando que a Fapepi nos últimos dois anos qualificou 50 empresas por meio do programa Peiex, Apoiou a criação de 20 statups por meio do programa Centelha e apoiou 12 projetos de inovação com risco tecnológico por meio do Tecnova. "Ao todo foram mais de 300 projetos analisados e a expectativa para a 2ª edição do programa Centelha Piauí é ultrapassarmos 500 propostas submetidas", diz, informando que foram investidos mais de R$ 5 milhões pela Fapepi.

Ciro Gonçalves e Sá, diretor de Desenvolvimento Científico e Tecnológico da FAPEPI (Divulgação)

Meio Norte- Quais os horizontes das startups no Piauí?

Ciro Gonçalves Sá - Hoje, o Piauí conta cada vez mais com empresas classificadas como startups, ou seja, empresas inovadoras e sustentáveis atuando em áreas estratégicas para o desenvolvimento piauiense e que contribuem para consolidar um ecossistema de inovação a nível nacional. A pandemia da covid-19 impulsionou startups piauienses e a expectativa é que, em 2022, mais empresas piauienses sejam criadas.

MN- No Piauí temos UFPI, UESPI, IFPI, UFDPar, várias faculdades particulares que ofertam educação superior na área de desenvolvimento e também Educação Profissionalizante. Até que ponto essas instituições estimularam o crescimento de startups para o Piauí?

CGS- As Instituições contribuem muito com a formação de recursos humanos altamente qualificados e com pesquisas voltadas ao desenvolvimento social, econômico e tecnológico do Piauí. Além disso, estudantes de graduação e professores se empenham em projetos que resultam em ideias inovadoras. A FAPEPI já realizou parceria institucional com a UESPI e em breve realizará com a UFPI, buscando uma maior aproximação da academia com o governo do estado com o intuito de fortalecer as cadeias produtivas do Piauí através da aplicação da tecnologia.

MN- O Piauí tem startup bem avaliada no mercado, chegando a R$ 35 milhões. Qual o foco do Centelha e da Tecnova?

CGS - O objetivo principal do Centelha e do Tecnova é fomentar a inovação no estado e promover um significativo aumento da competitividade por meio de projetos de inovação, que envolvam significativo risco tecnológico associado a oportunidades de mercado. Especificamente, o Centelha ajuda a colocar ideias inovadoras no mercado e Tecnova ampara ideia inovadoras dentro de empresas já existentes.

Ciro Gonçalves destaca evolução e incentivo de pesquisas e criação de startups (Divulgação)

MN- Centelha e Tecnova já estão funcionando e os resultados delas no mercado e para sociedade? Dá pra estimar o valor delas no mercado?

DGS - O Centelha fez surgir 20 novas startups piauienses e o Tecnova está apoiando 13 empresas piauienses na execução de projetos com elevado risco tecnológico. Muitas dessas empresas já foram qualificadas por programas de acesso a mercados e já participaram de rodadas de negócios. Os programas buscam fortalecer as empresas no mercado nacional e mundial, a expectativa é que com o sucesso de cada projeto fomentado pela FAPEPI possibilite a ampliação do valor de mercado de cada empresa na medida que seus produtos atendam as necessidades do mercado e da sociedade de maneira geral.

MN- Como foi o processo de criação do Centelha e Tecnova. Elas têm o apoio da Fapepi?

CGS - Em 2016 a FAPEPI lançou o programa Fomento à Inovação e Competitividade No Estado Do Piauí - INOVA PIAUÍ que atendeu a 11 startups com recursos do tesouro estadual. No ano de 2019 o Piauí, através da FAPEPI realizou a parceira com a Finep na execução do programa Centelha, juntando assim com os esforços nacionais no apoio a startups. O programa Tecnova 2 também faz parte da política nacional de desenvolvimento científico e tecnológico do MCTI/FINEP/CNPq visando criar condições favoráveis e apoiar a inovação - por meio de recursos de subvenção econômica - para o crescimento de empresas, com foco no apoio à inovação tecnológica e com o suporte aos parceiros estaduais. Ao todo os programas apoiaram com mais de 5 milhões de reais de recursos destinados ao fomento das startups.

MN - Na direção do setor de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação da Fapepi quantos projetos de inovação tecnológica estão em fase de análise para apoio?

CGS - Todos as propostas submetidas já foram contratadas e a Fapepi nos últimos dois anos qualificou 50 empresas por meio do programa Peiex, Apoiou a criação de 20 statups por meio do programa Centelha e apoiou 12 projetos de inovação com risco tecnológico por meio do Tecnova. Ao todo foram mais de 300 projetos analisados e a expectativa para a 2ª edição do programa Centelha Piauí é ultrapassarmos 500 propostas submetidas.

MN- No orçamento, quanto de recurso disponível investido em pesquisa de desenvolvimento tecnológico e inovação?

CGS - Foram investidos mais de 5 milhões e a FAPEPI procurou executar um novo método organizacional, englobando mudanças significativas nas suas práticas gerenciais internas e externas em prol da otimização dos recursos investidos.

MN- Projetos de desenvolvimento de startups estão concentradas em Teresina, quantos de outras cidades?

CGS- Hoje, o Piauí possui projetos apoiadas em vários territórios e vários municípios. Podemos dizer que existe a interiorização do apoio. Municípios mais populosos, como Parnaíba e Picos, também possuem projetos apoiados, mas também cidades como Jaicós, possui projetos de startups sendo executados graças a esses programas de apoio.

MN- O Piauí tem potencialidade no agronegócio com a produção de grãos e são fazendas modernas e de alto padrão de tecnologia. Há algum projeto em desenvolvimento de startup para este setor e também para agricultura familiar?

CGS - Sim. Mais de 20% das sturtups e empresas apoiadas estão desenvolvendo projetos com o tema Agro. A FAPEPI apoia projetos das instituições de educação superior, da EMBRAPA e de empresas privadas que estão relacionados principalmente a produção ou comercialização de alimentos. Um dos objetivos do PPA do Piauí é elevar o IDH do estado e sabemos que o agronegócio pode ser um forte aliado na adoção de inovações tecnológicas para o desenvolvimento piauiense.

MN- Quais as metas da FAPEPI para a tecnologia e inovação no estado do Piauí?

CGS - A Fapepi deseja que o Piauí seja um estado com forte e contínuo apoio a execução de projetos científicos, tecnológicos e de inovação para propiciar o fortalecimento do ecossistema de inovação do estado, através do suporte a empresas egressas de programas de subvenção econômica, incubadoras, núcleos de inovação, aceleradoras, polos de inovação, parques tecnológicos e demais ambientes de inovação, com sede no Piauí.

O Piauí possui uma lei de inovação publicada em abril de 2020 e ela pode trazer efeitos positivos tanto para o desenvolvimento econômico como para a solução de problemas históricos do Piauí. Cada vez mais os governantes no Brasil estão convencidos que o apoio ao empreendedorismo é uma forma importante de fortalecer a economia e criar soluções necessárias para a sociedade. O empreendedorismo inovador permite que as boas ideias cheguem até a população de forma a preencher uma necessidade de mercado, esse é um dos principais focos das chamadas de Startups.



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