Com queda na produtividade, safra de grãos será menor, diz Conab

Mesmo com leve aumento na área total semeada, safra deve ficar atrás do ciclo passado

Produção de milho | Wenderson Araújo
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A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou o Levantamento da Safra de Grãos 2023/24 nesta terça-feira (10), com previsão de produção de 317,5 milhões de toneladas, indicando uma ligeira queda em comparação à temporada passada. A expectativa inicial é de uma diminuição na produtividade média, pois há um leve aumento na área total semeada, que deverá ultrapassar os 78 milhões de hectares. Ainda assim, esta safra deverá ser a segunda maior da história do Brasil, ficando atrás apenas do ciclo 2022/23, que alcançou o recorde de 322,8 milhões de toneladas.

A Conab destaca a importância de monitorar o desenvolvimento das culturas e fazer ajustes ao longo da temporada, com a possibilidade de que a produção desta safra supere a da safra passada. Quanto às principais culturas, a Conab observa um aumento inicial estimado para o arroz, tanto na área plantada quanto na produtividade média, resultando em uma expectativa de produção de 10,8 milhões de toneladas, um aumento de 7,7% em relação à safra 2022/23.

A companhia também prevê uma recuperação na área plantada de feijão, podendo atingir 2,78 milhões de hectares, considerando os três períodos de cultivo dentro do ano-safra. O plantio da primeira safra já está em andamento em alguns estados, com uma expectativa de produção total da cultura de 3,1 milhões de toneladas, um crescimento de 0,8% em relação à temporada anterior.

Os produtores estão confiantes devido aos anúncios do governo federal sobre políticas públicas para estimular a produção de alimentos, como os planos safras, a retomada das compras públicas e a garantia dos preços mínimos. Esses sinais positivos podem estar impulsionando a recuperação da área cultivada de arroz e feijão.

Para a sojaprincipal grão cultivado no país, as estimativas apontam para um crescimento na área e na produtividade, mas em uma velocidade menor do que a registrada no último ano-safra. A produção deve alcançar um pouco mais de 162 milhões de toneladas, um novo recorde para a cultura.

No entanto, a cultura do milho tem um cenário oposto, com estimativas indicando uma redução de 4,8% na área plantada e de 4,9% na produtividade média, resultando em uma produção total esperada de 119,4 milhões de toneladas na safra 2023/24, em comparação às mais de 130 milhões de toneladas colhidas no ciclo passado.

A previsão para o algodão há perspectiva de um crescimento de 2,9% na área a ser semeada, totalizando 1,71 milhão de hectares, e uma produção estimada de 3 milhões de toneladas de pluma. A semeadura deve ocorrer principalmente entre novembro e janeiro.

Diversos estados estão implementando o período de vazio sanitário, uma medida adotada para manter a sanidade das lavouras e alcançar o máximo potencial produtivo das plantas, minimizando a propagação de patógenos no campo por meio de hospedeiros temporários.

Quanto à cultura de inverno, cerca de 40% das lavouras de trigo foram colhidas, apresentando um aumento de área de 12,1% e uma redução de produtividade de 11,6% em relação a 2022. A produção esperada é de 10,5 milhões de toneladas, impactada por condições climáticas adversas em estados produtores.

No comércio, ajustes foram feitos nas estimativas de estoques de passagem de trigo devido aos impactos do clima na produtividade das lavouras. Para o arroz, a recuperação produtiva e a menor oferta de importantes países exportadores devem resultar em um aumento nas exportações brasileiras. No caso da soja, o Brasil continua sendo o maior exportador mundial.

Por outro lado, o milho apresenta uma projeção de menor oferta nacional, levando a uma estimativa de menor volume exportado em comparação à safra anterior.



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