Comércio eletrônico deve faturar R$ 20 bilhões em 2011

Livros e jornais perdem liderança no varejo online; eletrodomésticos foram os itens mais comprados

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Pela primeira vez na história, a categoria de livros e assinaturas de jornais e revistas perdeu a liderança no comércio eletrônico no Brasil, caindo para segundo lugar entre os itens mais vendidos pela internet em 2010. Os produtos mais comprados pelos brasileiros em lojas virtuais no ano passado foram eletrodomésticos, como geladeiras, fogões e lavadoras. Essa categoria respondeu por 17% do faturamento do comércio eletrônico brasileiro, que cresceu 40% em 2010, totalizando R$ 14,8 bilhões, segundo a empresa de consultoria e-bit.

Para 2011, a previsão é de que o varejo virtual atinja a marca de R$ 20 bilhões em vendas no País, o que representaria um crescimento de 30% sobre o ano passado. Na avaliação do diretor geral do e-bit, Pedro Guasti, o varejo online deve continuar se expandindo nos próximos anos a taxas muito superiores às registradas pelo varejo convencional, que cresceu 10% em 2010.

Estima-se que o comércio eletrônico irá movimentar R$ 40 bilhões em 2014, ou o dobro do total previsto para este ano.

Guasti acredita que os livros dificilmente voltarão a ser os produtos mais vendidos pela internet. Além das transformações no mercado editorial, com o lançamento dos tablets e livros eletrônicos, outros setores estão ganhando mais consumidores na internet, como moda, cosméticos, turismo e entretenimento.

Os produtos de beleza, saúde e medicamentos já representaram 12% do faturamento dos sites brasileiros em 2010. Em terceiro lugar, figuram os itens de informática, com uma participação de 11% nas vendas pela internet.

Em 2010, os eletrodomésticos foram especialmente beneficiados pela redução do imposto (IPI), medida adotada pelo governo para diminuir o impacto da crise econômica em 2009. Neste ano, ao contrário, o governo vem tomando medidas, como a elevação dos juros, para desaquecer o consumo.

DVDs desaparecem

A categoria de CDs e DVDs, que representava 40% dos pedidos pela internet há dez anos, hoje praticamente sumiu das prateleiras virtuais e não passa de 4% das vendas. O segmento foi substituído pelos downloads de filmes e músicas, o que permitiu, em países como os Estados Unidos, a ascensão de empresas como a Netflix, que aluga filmes pela internet, ou o iTunes, loja virtual da Apple.

Mas, no Brasil, devido à pirataria, esse é um segmento que ainda não se converteu em um grande negócio para as varejistas virtuais. Guasti acredita, porém, que as empresas vão começar a investir na venda de conteúdo para download no Brasil. A Saraiva já deu os primeiros passos e é esperado que a B2W, que controla a Americanas e o Submarino, também lancem serviços no futuro.



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