Companhia aérea Gol demite 131 pilotos e comissários

A companhia informou ainda que não deixará de atender nenhum dos 63 destinos nacionais e 13 internacionais

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O Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) informou nesta segunda-feira, por meio de nota, que a VRG/Gol comunicou à entidade a demissão de 86 pilotos e 45 comissários. Segundo o comunicado, todos os funcionários estavam em fase de admissão ou de treinamento. A Gol confirma as demissões.

Segundo o sindicato, a empresa diz que, diante dos desligamentos, dá por encerrado o processo de redução da força de trabalho.

Em nota, a Gol informou que "para adequar-se à nova realidade do mercado, manter seu plano de negócios disciplinado e a sustentabilidade de sua operação" realizou a redução de cerca de 80 voos, de um total aproximadamente 900 operados diariamente.

A companhia informou ainda que não deixará de atender nenhum dos 63 destinos nacionais e 13 internacionais que compõem a malha. Segundo a empresa, haverá uma uma redução de frequências nos voos e a oferta de assentos prevista para 2012 será mantida.

Programa de demissão voluntária

Segundo o sindicato, as demissões têm relação com um programa de demissão voluntária aberto na semana passada pela empresa. A companhia aérea abriu inscrições para que seus tripulantes participassem do programa até dia 29.

Em nota, a empresa havia afirmado que "para garantir a manutenção de um quadro de colaboradores condizente com suas necessidades operacionais em um período de baixa demanda, abriu inscrições, (...) para que tripulantes manifestem, até o dia 29, a eventual intenção de serem desligados da empresa".

Na semana anterior, o sindicato afirmou também que VRG/Gol informou que manteria o plano de saúde dos trabalhadores por período proporcional ao tempo de empresa. Segundo o SNA, a companhia afirmou que pagaria todas as verbas rescisórias dos trabalhadores que desejassem sair, como férias e 13º salário proporcional.

Na nota, o sidicato disse ainda que "alertou mais uma vez para a VRG/Gol a importância do planejamento criterioso dos Recursos Humanos, para que não se repita o que aconteceu no passado recente, quando a companhia promoveu demissões de um grande número de aeronautas e, seis meses depois, teve de preencher novamente as vagas". A companhia opera cerca de 900 voos por dia para 63 destinos nacionais e 13 internacionais.

Corte nos voos

Além disso, na semana passada, a empresa também informou a necessidade de reduzir de 80 a 100 voos diários entre março e abril. A companhia registrou um prejuízo líquido de R$ 710,4 milhões em 2011, depois de apresentar lucro de R$ 214,2 milhões no ano anterior.

A redução será na proporção de 80% para voos da Gol e 20% de voos da Webjet e será em viagens noturnas e não implicará na descontinuidade de nenhuma rota. Os voos que serão retirados da malha representam cerca de 8% dos voos diários, visto que a companhia, incluindo a Webjet, realizou entre 1.100 e 1.150 voos por dia entre janeiro e fevereiro.

Prejuízo

Segundo balanço da companhia, o resultado negativo foi provocado pelo impacto da depreciação do real ante o dólar (de 12,6%), pelo aumento de 23,2% no custo do querosene de aviação, e por despesas pontuais como a devolução de aeronaves, multas com rescisão de contratos e depreciação de ativos da Varig e Webjet.

A empresa encerrou o quarto trimestre com lucro líquido de R$ 54,3 milhões, queda de 58,9% sobre o resultado apurado um ano antes. No trimestre, a Gol apurou uma geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação, amortização e aluguel de aeronaves de R$ 238,9 milhões, queda ante os R$ 475 milhões registrados no quarto trimestre de 2010.



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