Concordata garante recuperação da GM

Governo dos EUA terá 60% da empresa e o canadense terá 12%

Concordata garante recuperação da GM | Divulgação
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Garantia de recuperação. É o que justifica o empenho do governo norte-americano para evitar a quebra da maior fabricante de veículos do país e a segunda maior do mundo, a General Motors. Por isso, a montadora se tornará uma empresa estatal até que retome a lucratividade. ?Isso é uma notícia muito positiva, tanto é que as ações da GM subiram bastante após o anúncio?, afirma o professor de finanças corporativas da Brazilian Business School (BBS), Plínio Chap Chap.

Apesar de já ser esperada, a concordata coloca fim às especulações no setor e gera alívio no mercado. O professor do departamento de economia da ESPM, José Eduardo Amato Balian, afirma que apesar de a sociedade norte-americana pagar pela recuperação da empresa, a ajuda de US$ 30,1 bilhões do governo dos Estados Unidos ? fora os US$ 20 bilhões já liberados ? evita uma reação em cadeia que acarretaria em demissões em massa e o agravamento da crise no país.

?A crise foi muito forte e essa queda não pode deixar a GM quebrar, porque representaria a perda de milhares de empregos. O mesmo acontece com outras grandes empresas em crise, como os bancos. A ação do governo é o que difere esta crise da que aconteceu na década de 1930?, explica Balian.

De acordo com os especialistas, a concordata também representa uma mudança de paradigma nos Estados Unidos, pois as empresas terão de se adaptar a uma estrutura mais enxuta e os sindicatos precisarão ?aliviar? as pressões. ?Quebrar essa cultura será um problema sério para enfrentar. A Ford tenta fazer isso sozinha e a Chrysler usará a cultura dos carros europeus?, diz Chap Chap, ao apostar positivamente na reação dos Estados Unidos.

Jatinhos

O símbolo dos ?gastos desnecessários? por parte das montadoras foi a reunião dos executivos-chefes da GM, Ford e Chrysler no Congresso norte-americano em novembro de 2008. Para pedir ajuda financeira do governo e evitar a falência, eles viajaram a Washington em jatos corporativos. Na época, eles foram apontados pelos congressistas de ?arrogantes?.

?A GM tinha até o ano passado 65 pilotos contratados para operar os jatinhos. É algo sem sentido, quase uma companhia aérea. Ou seja, os custos fixos tinham um nível absurdo. Junta isso com as questões trabalhistas, principalmente na área da saúde, a empresa se torna inviável?, analisa José Eduardo Amato Balian.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES