Congresso: pensão de servidor e pré-sal serão foco em 2012

A Câmara dos Deputados vai votar, já na primeira semana de volta aos trabalhos legislativos

|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

A Câmara dos Deputados vai votar, já na primeira semana de volta aos trabalhos legislativos, o projeto de lei que regulamenta o fundo de pensão dos servidores públicos federais. Segundo o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), já há acordo com os partidos da oposição para votar a matéria em plenário.

O Funpresp, como é chamado, tem o objetivo de reduzir o déficit do INSS, que atingiu R$ 56 bilhões em 2011. Por isso o projeto é a maior prioridade do governo em 2012. Ele, no entanto, acaba apenas com o déficit dos servidores civis - e somente em longo prazo -, o que responde por R$ 25 bilhões a R$ 28 bilhões.

Se aprovado, o fundo será composto por uma contribuição solidária: a da União será de 8,5% e incidirá somente sobre a parcela da remuneração que exceder ao teto de quem aposenta pelo INSS (R$ 3.689,66). O servidor poderá contribuir com quanto quiser, mas a alíquota mínima é de 8,5%. O fundo será obrigatório para novos servidores que ingressarem no funcionalismo por meio de concurso público. Os que já são servidores poderão optar pelo fundo em até 180 dias após a entrada em vigor.

Outro tema econômico que vai dominar o Congresso em 2012 é a retomada da discussão sobre a divisão dos royalties obtidos com a exploração de petróleo na camada pré-sal. A proposta foi votada em 2010 e definia que os royalties fossem divididos de acordo com os critérios do Fundo de Participação dos Estados e Municípios (FPE e FPM), mas vetada pelo então presidente Lula. Deputados e senadores ficaram, então, incumbidos de encontrar um novo modelo de partilha sob pena de derrubar o veto presidencial.

A matéria gera divergências: os Estados e municípios produtores de petróleo, que não aceitam abrir mão de parte dos recursos e defendem que a União dê uma fatia maior os não produtores de petróleo, que também reivindicam os recursos.

A questão dos royalties, no entanto, só será colocada em votação quando a pauta do plenário da Câmara dos Deputados estiver livre - e o ano já começa com cinco medidas provisórias trancando os trabalhos. A menos polêmica é a 546, que destina R$ 1,95 bilhão aos Estados exportadores como compensação pelas exportações. O dinheiro já foi destinado aos caixas estaduais.

Já a MP 544 cria o Regime Especial Tributário para a Indústria da Defesa e deve causar embate, principalmente porque parlamentares da oposição devem contestar a permissão para a realização de licitações diferenciadas para compras e contratações no setor da Defesa. Outro ponto que pode gerar polêmica é a desoneração de impostos cobrados sobre vendas e importações de bens para fabricação de itens militares.

Outra medida provisória que promete embate maior por causa da quantidade de temas que trata (são cinco) é a que institui o aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre carros importados. Parlamentares da oposição, inclusive, questionaram o tema na Justiça.

O Congresso também deverá deliberar sobre a MP da Aviação que, entre outros pontos, cria tarifa de conexão e permite à Infraero aumentar a parcela das tarifas que serão pagas aos administradores de aeroportos privatizados. Há possibilidade de incluir na MP um dispositivo autorizando o aumento da participação estrangeira nas empresas aéreas.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Avalie a matéria:
Tópicos
SEÇÕES