Conheça o Nissan Grand Livina. Minivan média com espaço de sobra

Nissan Grand Livina parte de R$ 53.990 (1.8 S manual) e chega a R$ 61.990 na versão top (1.8 SL automático)

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Nissan Grand Livina | Reproduçao R7
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O ato de comprar um carro, como as montadoras já descobriram há muito tempo, envolve critérios objetivos - desempenho, espaço ou segurança - e subjetivos, tais como imagem e status. Colocados em uma balança, são eles que vão definir em qual veículo você vai colocar seu rico dinheirinho, esperando o melhor retorno possível disso. No caso do Nissan Grand Livina, minivan média vendida a partir de R$ 53.990 e avaliada pelo R7, a conta claramente pende para o lado racional.

O Grand Livina não é bonito. Dependendo do ângulo, sua traseira estendida - necessária para acomodar até sete pessoas - parece desproporcionalmente grande, com um ligeiro complexo de Mulher Melancia. As lanternas posteriores passam uma sensação de dèjá vu do fim dos anos 1990 que, no entanto, não faz justiça ao projeto moderno. A frente, em que se destacam os grandes faróis, casa bem com o restante do carro, mas não chega a ficar na memória. Se é pelo visual, portanto, o Grand Livina não vai causar inveja no seu vizinho.

O jogo começa a virar para o Nissan quando sobem na balança o desempenho, os equipamentos de série, o acabamento e, principalmente, o espaço interno. Sim, o Grand Livina transporta sete pessoas com relativo conforto - só lembre de manter os menores nos dois últimos bancos, que ocupam a maior parte do porta-malas quanto abertos. Na versão de entrada (1.8 S Flex manual), além de dois air bags e trio elétrico, ele entrega direção com assistência elétrica, rádio mp3 e rodas de liga-leve, conjunto que fica mais atraente no modelo de topo (1.8 SL automático, R$ 61.990), que acrescenta bancos em couro - será mais fácil limpar a sujeira que seus filhos farão -, freios ABS com controle eletrônico (EBD) e regulagem digital do ar-condicionado.

Sem sustos na cidade

O R7 avaliou a versão mais cara, com câmbio automático, durante uma semana pela cidade de São Paulo. Nas ruas, o Grand Livina é um carro comportado. Isso não quer dizer que falte potência - os 125/126 cv (gasolina/álcool) entregues pelo 1.8 flex de quatro cilindros e 16 válvulas são suficientes para encarar subidas e ultrapassagens sem dar susto em ninguém. O zero a 100 km/h é feito em pouco menos de 12 segundos, enquanto a velocidade máxima é de cerca de 180 km/h.

Em uma avaliação inicial, as quatro marchas do modelo automático parecem insuficientes, mas basta colocar o carro para rodar por algumas horas para ver que o torque ideal está sempre perto, entregue em sua quase totalidade na faixa das 2.400 rpm. O consumo informado pelo fabricante é de 6,9 km/l e 9,4 km/l (cidade/estrada, com álcool) e 11,4 km/l 15,7 km/l (gasolina), números que tendem a ser menores na vida real.

A suspensão do Grand Livina - independente McPherson na frente, com eixo de torção atrás - é surpreendentemente firme para um veículo desse porte. Talvez firme demais: entrega boa estabilidade e pouca rolagem lateral, mas sacrifica um tanto do conforto em ruas esburacadas. Não chega a ser um incômodo, mas é um lembrete constante. Os freios têm bom curso no pedal e cumprem seu papel de parar o carro de 1.300 kg com segurança, especialmente quando têm o auxílio do ABS.

Compra pelo espaço

E se você quiser fazer inveja em alguém, mesmo que seja naquela mãe que precisa levar seis moleques para a escola, o espaço interno será sua arma. Um motorista alto não tem problemas em achar a posição ideal de dirigir. Os passageiros também viajam confortáveis, com a honrosa exceção do azarado que ficar com a posição do meio no segundo banco. Na configuração de sete lugares, o porta-malas comporta modestíssimos 123 litros, mas basta baixar os últimos bancos para chegar a 607 litros. Em dia de mudança ou transporte de animais pesados, rebata também a segunda fileira para ganhar 964 litros.

O acabamento interno do Grand Livina prova que, mesmo quando se usa plásticos duros, é possível fazer um serviço decente - lição que alguns fabricantes nacionais precisam urgentemente aprender. Os encaixes são excelentes, contribuindo para redução de ruídos, e não há rebarbas. Por outro lado, também é dentro do Nissan que ficam suas falhas incompreensíveis: a falta de um computador de bordo e a ausência de regulagem de altura dos bancos e dos cintos de segurança. Por fim, em uma avaliação realmente crítica, pode-se dizer que as maçanetas internas, em formato que lembra a tampa de uma garrafa térmica modernosa, estragam o conjunto da porta.

NOTAS (0 a 10)

Design (6) ? Não é bonito. A traseira estendida parece desproporcional e as lanternas posteriores não fazem justiça ao projeto atual do carro.

Conforto (8) ? Bom acabamento, com trabalho decente no plásticos duros e espaço suficiente para transpotar a molecada sem ficar maluco.

Comportamento (7,5) ? É estável em curvas e, para um carro desse porte, tem pouca rolagem lateral. Mas o conjunto sacrifica um pouco do conforto em ruas esburacadas.

Motor e câmbio (8) ? O 1.8 flex é adequado ao que se espera do Grand Livina. O carro vai bem em subidas e, pisando um pouco mais, não assusta nas ultrapassagens. O câmbio automático de quatro marchas supera a desconfiança inicial e casa bem com o propulsor.

Segurança (7) ? A versão de topo tem freios ABS com controle eletrônico (EBD), mas o carro poderia ter mais do que apenas air bags para motorista e passageiro, considerando que transporta até sete pessoas.

Preço (9) ? Pelo conjunto da obra, está entre as opções de melhor custo-benefício no mercado nacional.

MÉDIA FINAL (7,5)



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