Conheça o novo Fluence, a aposta da Renault entre os sedãs médios

Sedã agrada no conforto e desempenho e ainda traz mais itens de série por um preço inferior

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Novo Renault Fluence charme no sedã medio | Divulgação
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A Renault ainda não acertou a mão no mercado de sedãs médios no Brasil. Quem se lembra dos modelos 19 e 21, oferecidos nos anos 90? Logo depois vieram a dupla Laguna e Mégane, em suas primeiras gerações. Também não foram bem. O Mégane II começou empolgando, mas foi caindo progressivamente. Hoje ocupa apenas a 10° colocação entre os carros de seu segmento, com pouco mais de 3.000 unidades emplacadas neste ano, e está com os dias contados para sair de linha. Já calejada com as experiências, a marca do diamante agora aposta no Fluence, um carro, até certo ponto, totalmente novo.

?Queremos, ao final de 2011, responder por cerca de 12% do ramo dos sedãs médios. Com o Mégane chegamos a 7% em 2007, mas depois caímos?, revelou Christian Pouillaude, diretor geral da marca Renault, durante o lançamento do carro. Esse volume colocaria o Fluence na 3º colocação, ultrapassando o Chevrolet Vectra e ficando atrás do Honda Civic e o líder Toyota Corolla. Para alcançar essa fatia no mercado, a empresa terá de vender entre 1.400 e 1.600 exemplares do modelo por mês. Plano ousado, não? Ainda mais se levado em conta que o lançamento é fabricado na Argentina, diferente dos rivais na mira da fabricante, feitos em território nacional.

A estratégia da vez é agressiva: bons preços aliado a um carro repleto de itens de série. A linha começa na versão Dynamique com motor 2.0 16V flex e câmbio manual de 6 marchas por R$ 59.990. A opção com transmissão CVT custa R$ 64.990. Tome um fôlego, a lista de equipamentos é grande: aparelho de som com entrada USB e para iPod, freios ABS, 6 airbags, chave inteligente, sensor de chuva, luzes de neblina, jogo de rodas aro 16? e ar-condicionado digital dual zone. Como opcional, a Renault oferece ainda teto solar e bancos revestidos de couro. Interessante? Veja agora a série Privilége.

Na versão top de linha, o Fluence, tabelado em R$ 75.990 (apenas CVT), possui todos os itens do modelo de entrada mais outra leva de equipamentos. São eles o sensor de estacionamento, bancos de couro, rodas aro 17?, controle eletrônico de tração (ASR) e estabilidade (ESP), sistema de áudio da Arkamy com 140W e o seu grande diferencial no mercado, o GPS integrado ao painel. Atualmente, nenhum sedã à venda no Brasil possui um nível de equipamentos comparável pela cifra sugerida pela Renault.

Impressões ao dirigir

Boa parte da mecânica do Fluence vem do Nissan Sentra. Essa característica o torna muito parecido com o sedã da marca japonesa parceira da Renault no que diz respeito à condução do veículo. A direção elétrica (com ajuste de altura e profundidade) é muito leve na cidade e sua progressividade se acentua na estrada, quando a velocidade aumenta. Já o motorista vai no único banco com ajuste de altura, que tem espuma de boa densidade. É confortável, mas poderia ser melhor se fosse mais largo.

O motor 2.0 16V e o câmbio CVT também vêm do Sentra. Gera até 143 cv a 6.000 rpm e 20,3 kgfm de torque a 3.750 rpm com etanol, segundo dados da marca, e agrada. A Renault aponta que o veículo acelerar de 0 a 100 km/h em 9s9 (9s7 com câmbio manua) e atinge 195 km/h. Na cidade roda com suavidade e em silêncio, enquanto na estrada tem fôlego para andar no limite sem fazer grandes esforços. Mas em detrimento do conforto, o modelo parece ter seu ímpeto contido. Parte dessa ?falta de sal? é motivada pela transmissão continuamente variável do carro, que, apesar de suas 6 marchas fixas, não apresenta retomadas e reduzidas tão eficientes quanto a de um câmbio automático.

Fora isso, o Fluence é um carro bem ajustado. O conforto na cabine e a maneira firme como encara a estrada sugerem a presença de uma suspensão traseira independente. Nada disso. O novo sedã da Renault conta com o usual sistema com barra de torção e amortecedores, tal como o Renault 19, lembra dele? Para completar, o carro vem ainda com freios a disco nas quatro rodas com auxílio de ABS e EBD.

Design

Carros franceses, por natureza, têm um desenho mais arrojado. O Fluence não foge à regra. Suas linhas, como seu próprio nome diz, são fluídas. É a velha tentativa de transmitir movimento mesmo com o carro parado. Isso é traduzido nos fortes vincos do capo e nas laterais, além das formas sutis dos faróis e lanternas. O interior, porém, deixa a desejar em pontos específicos. O desenho interno das portas, por exemplo, lembra as do Logan. Já o acabamento varia. Na parte frontal é de borracha, enquanto a porção traseira tem peças plásticas, cuja textura imita a do material que vai na frente. No mais, a instrumentação é de bom grado, com iluminação branca, e o espaço interno generoso e porta-malas com 530 litros de capacidade volumétrica.

Levo ou não levo?

O Fluence tem preços tentadores e um pacote convidativo, sem dúvida. Anda bem e marca presença na rua. Para esse carro, a Renault busca um tipo de consumidor mais refinado, daqueles que farão questão de falar o nome do carro com sotaque francês. No caso então a pronuncia é algo como ?Fluance?, com ênfase no ?a?. Fazer biquinho ou não fica a critério de cada um. O fato é que o lançamento tem suas qualidades e deve ser considerado por quem procura um veículo deste porte e requinte.

Está em dúvida? Não há problema já que a Renault só passará a vendê-lo em fevereiro. Até lá dá para pensar com calma se a marca francesa merece mais uma chance nessa categoria.



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