Crédito imobiliário reage no mês de junho devido cobrança da Caixa

O crédito imobiliário passa por um cenário delicado em 2015

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A população esteve bastante preocupada após as medidas de estímulo ao crédito imobiliário adotadas pelo governo no fim de maio terem provocado uma reação na modalidade, em especial por parte da Caixa Econômica Federal (CEF), contudo o volume de recursos liberados segue muito abaixo do que era desembolsado no ano passado.

O volume liberado de crédito para aquisição de imóveis em junho foi de R$ 4,057 bilhões, com um crescimento de 15,7% na comparação com maio, porém com uma queda de 36,8% na comparação com o mesmo período do ano passado. Só a Caixa respondeu por R$ 1,18 bilhão dos desembolsos do mês, frente a R$ 625 milhões em maio. É um avanço significativo, mas muito aquém do volume que o banco desembolsava, em média, em 2014, de cerca de R$ 4,5 bilhões por mês.

Os números dizem respeito apenas ao crédito com recursos da poupança - principal fonte do financiamento imobiliário brasileiro. Portanto, não incluem os dados de empréstimos com recursos do FGTS, como os do Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) e a linha pró-cotista.

O valor liberado pela Caixa em junho correspondeu a 29% do total do mercado no mês, o que fez o banco retomar a liderança. Em maio, a Caixa liberou o equivalente a 20,1% do mercado, atrás de Itaú Unibanco, Bradesco e Santander. Historicamente, porém, a participação do banco ficava entre 60% a 65% do crédito desembolsado.

A Caixa afirmou, por meio de nota, "que possui quase 70% de share em habitação em relação ao mercado, considerando todas as fontes de recursos" - ou seja, considerando empréstimos no FGTS. "A Caixa reforça, por fim, que para este ano a principal fonte de recursos para crédito imobiliário será o FGTS."

O crédito imobiliário passa por um cenário delicado em 2015. O volume recorde de saques da poupança, combinada à escalada na taxa básica de juros (Selic), criaram uma situação de escassez na oferta de empréstimos. O problema é mais agudo na Caixa que adotou uma série de medidas que restringiram o acesso ao crédito imobiliário, como aumento na taxa de juros e, no caso de imóveis usados, limitação a 50% do valor máximo da unidade que pode ser financiado. No caso dos novos, o limite caiu de 90% para 80%. Outros bancos aumentaram juros também.



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