Crise no Panamericano: Silvio Santos declara que venderia SBT a Eike Batista para quitar dívida do banco

O Banco Panamericano anunciou na última terça-feira que o Grupo Silvio Santos, seu controlador, iria aportar R$ 2,5 bilhões na instituição

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Sílvio Santo e Eike Batista | Arquivo
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O apresentador de TV e empresário Silvio Santos afirmou que venderia sua emissora, o SBT, caso o bilionário Eike Batista quisesse comprá-la para saldar a dívida que deve ao Fundo Garantidor de Crédito (FGC), após ter emprestado R$ 2,5 bilhões para cobrir um rombo no caixa do banco PanAmericano. A informação é da edição desta sexta-feira da Folha de S. Paulo.

Em entrevista por telefone ao jornal, o apresentador disse não conhecer Eike Batista, que afirmou na quinta-feira ter interesse em adquirir as empresas controladas pelo Grupo Silvio Santos. Ele afirmou ainda que não conhece os funcionários do banco e nem sabe onde fica sua sede.

Caso

O Banco Panamericano anunciou na última terça-feira que o Grupo Silvio Santos, seu controlador, iria aportar R$ 2,5 bilhões na instituição para restabelecer o equilíbrio patrimonial e a liquidez, após "inconsistências contábeis" apontadas pelo Banco Central. A autoridade monetária não forneceu detalhes, mas um processo administrativo de investigação vai apurar a origem e os responsáveis pelo problema de falta de fundos. A injeção de recursos no banco foi feita por meio do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que é uma entidade sem fins lucrativos que protege os correntistas, poupadores e investidores. São as instituições financeiras que contribuem com uma porcentagem dos depósitos para a manutenção do FGC - sem recursos públicos.

A holding do Grupo Silvio Santos colocou à disposição empresas como o SBT e a rede de lojas do Baú da Felicidade, entre outras, como garantia pelo empréstimo, que tem prazo de dez anos. Especializado em leasing e financiamento de carros, o PanAmericano teve 49% do capital votante vendido para a Caixa Econômica Federal em dezembro de 2009, por R$ 739,2 milhões. O presidente do BC, Henrique Meirelles, a presidente da Caixa Econômica Federal, Maria Fernanda Ramos Coelho, e as empresas de auditoria que não verificaram o rombo devem prestar esclarecimentos à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Com autorização do BC, as atividades das lojas e o atendimento ao público continuam sem problemas, segundo a instituição.



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