Crise nos EUA eleva o preço da soja no Estado do Piauí

Por causa de secas nos Estados Unidos e na Austrália, que tiveram uma perda da safra

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Apesar da seca e da praga da lagarta Helicoverpa, os produtores dos cerrados do Piauí e do Oeste da Bahia não podem falar de crise porque os preços das commodities atingiram patamares recordes no mercado internacional porque as perdas das safras de soja e milho nos Estados Unidos tiveram uma queda de 15% em virtude das alterações climáticas adversas para os agricultores, o que também ocorreu na Austrália.

O presidente da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Júlio César Busato, disse que a economia internacional minimizou os efeitos de seca e da praga da lagarta Helicoverpa nos Cerrados do Piauí e Oeste baiano.

?Nós tivemos uma quebra de safra em torno de 20% em função da estiagem que aconteceu na região e da lagarta Helicoverpa, mas felizmente os preços das commodities estão no bom patamar e isso compensa um pouco essa perda?, declarou Busato.

Júlio Busato afirmou que a soja ficou na faixa de R$ 47 a R$ 50 a saca de 60 quilos; o milho ficou R$ 28 a saca de 60 quilos; e o algodão em torno de R$ 60 a arroba (15 quilos).

?O Brasil foi muito bem nessa safra, o Oeste da Bahia é que teve problemas, mas o Brasil atingiu uma safra recorde.

Nós deixamos de contribuir com 1,5 milhão de toneladas em sua safra que deveria ser mais recorde ainda?, falou Busato.

Thiago Pimenta, coordenador da Bahia Farm Show, que começou na terça-feira e continua até sábado em Luís Eduardo Magalhães (BA), afirma que o principal fator para o aumento dos preços das commodities foi o climático.

?Houve estiagem nos Estados Unidos, na Austrália, que também enfrentou dificuldades na produção agrícola. Não foi por incompetência ou falta de fazer o dever de casa, foram intempéries. Por questões climáticas, a safra foi reduzida no mundo inteiro e os preços das commodities foram lá para cima?, declarou Thiago Pimenta.

O aumento dos preços das commodities contribuiu para que as indústrias de máquinas agrícolas escolhessem os cerrados para o lançamento global se seus equipamentos tops.

A indústria de equipamentos agrícolas Case IH fez o lançamento mundial da maior colheitadeira de grãos do mundo, que custa R$ 1,250 milhão. Gilmar Gusmão, da Case IH, disse que a maior colheitadeira de grãos do mundo colhe soja, milho e feijão com potência do motor de 510 Cd e uma plataforma de 45 pés.

?É a maior máquina produzida no Brasil e a maior colheitadeira do mundo. A máquina consegue trabalhar com até 10 quilômetros por hora, o que dá uma média de 12 hectares por hora e uma colheita de 500 sacas de grãos por hora, isso é um grande diferencial porque a máquina que tinha no mercado era de 400 sacas por hora. O produtor consegue colher a sua safra em menor tempo?, afirmou Gilmar Gusmão.

Ele declarou que a Case IH está investindo nos cerrados do Piauí, onde já tem um representando, porque é um mercado que comporta grandes máquinas e a ?produção de soja, milho e algodão só está começando?.

?A vantagem do Piauí é que no Estado ainda estão sendo abertas novas áreas de plantio. É uma região em que os solos não são ondulados e são aptos para grandes máquinas de plantio e colheita?, afirmou Gilmar Mendes.

A indústria de máquinas agrícolas John Deere lançou uma colheitadeira de algodão, que colhe o algodão no plantio, faz o rolo e o deposita no campo. Roque Pereira e Alexandre Grave, da John Deere, afirmam que a colheitadeira colhe o algodão e já enfarda, sendo que cada fardo tem 2,5 quilos.



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