Crise tirou o emprego de 1,3 milhão no país

Crise tirou o emprego de 1,3 milhão no país

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A crise global ajudou a formar um acréscimo de 1,3 milhão de pessoas no contingente de desempregados entre 2008 e 2009. É o que revelou nesta quarta-feira, 8, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em sua Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2009. De acordo com o instituto, a população desocupada (sem trabalho e procurando emprego) subiu para 8,4 milhões de pessoas entre 2008 e 2009, um aumento de cerca de 18,3%, maior taxa de elevação desde 2001.

Com isso, a taxa de desemprego, ou de desocupação, saltou de 7,1% em 2008 para 8,3% em 2009. O IBGE destacou que as taxas de desemprego mostradas pela Pnad são diferentes das apuradas, para os mesmos anos, pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME). Isso ocorre devido às diferenças metodológicas das duas pesquisas, além da abrangência diferenciada: a PME alcança as seis principais regiões metropolitanas e a Pnad tem caráter nacional.

O instituto apurou ainda que, em comparação com outros países, a taxa de desemprego no Brasil subiu de forma menos intensa por conta da crise, entre 2008 e 2009. Utilizando dados compilados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o IBGE informou que a crise global provocou aumentos acima de um ponto porcentual nas taxas de desemprego, de 2008 para 2009, em países como Espanha, que saltou de 11,3% para 18%; Chile, de 7,8% para 10,8%; Estados Unidos, de 5,8% para 9,3%; México, de 4,0% para 5,5%; e França, de 7,4% para 9,1%. Na avaliação do instituto, isso mostra que o impacto da crise no mercado de trabalho no Brasil foi bem mais fraco do que em outras nações.

Escolaridade incompleta

A Pnad mostrou ainda que o avanço do desemprego no ano da crise se concentrou mais nas pessoas com escolaridade incompleta. Segundo o IBGE, a taxa de desemprego na população com ensino médio incompleto ou equivalente saltou de 13,9% para 15,4% de 2008 para 2009. Já a taxa de desocupação entre pessoas com ensino superior incompleto ou equivalente subiu de 8,1% para 9,7%, no mesmo período. Entre as sete faixas de instrução pesquisadas pelo instituto, a que apresentou crescimento mais fraco na taxa de desemprego foi a de pessoas com ensino superior completo, cuja taxa de desemprego ficou praticamente estável, de 3,6% para 3,7% no período.

O levantamento também mostrou que, em 2009, 43,1% da população ocupada no mercado de trabalho tinham pelo menos o ensino médio completo, contra 41,2% em 2008.

Mulheres são mais da metade dos desempregados

Ainda segundo o instituto, as mulheres representavam mais da metade da população desempregada em 2009, com 58,3% do total de 8,4 milhões de pessoas sem trabalho e procurando emprego.



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