Dilma pede a agricultores mais produção com menos terra

Governo destinará R$ 107,2 bilhões para financiamento da próxima safra

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A presidente Dilma Rousseff pediu nesta sexta-feira (17), em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo e pólo de agronegócio, que os produtores rurais invistam em tecnologia para obter produtividade e usar menores áreas de terra. Dilma discursou na cerimônia de lançamento do Plano Agrícola e Pecuário 2011-2012. O governo federal anunciou que vai destinar R$ 107,2 bilhões para financiamento da próxima safra, montante 7,2% maior do que o oferecido na safra anterior.

"Nosso diferencial será sempre do ponto de vista da nossa capacidade de construir uma agricultura e uma pecuária que conviva com a nossa característica de potência. Precisamos que haja cada vez maior produção com menor uso de terra. É isso que é produtividade: a nossa capacidade de duplicar, triplicar a nossa produção e ainda sim continuar sobrando terras", disse.

Ela chamou o Brasil de "potência ambiental" e rebateu críticas internacionais sobre desmatamento, afirmando que isso se trata de "competição desleal".

"Somos potencia ambiental pela capacidade de termos construído uma agricultura que tem produzido menos redução de floresta do mundo. Aqueles que nos apontam, muitas vezes tentando uma competição desleal, dizendo que estamos produzindo - como aqui os empresários da cana de açúcar já passaram e já sofreram - nos apontam o dedo dizendo "vocês estão desmatando a Amazôna produzindo cana de açúcar". São aqueles que tentam essa forma de competição desleal", disse.

A política de "descontrução" dessas críticas, afirmou a presidente, passa por mostrar que a produção de cana se concentra no Centro-Oeste e no Sudeste brasileiro - áreas distantes da região amazônica.

Sobre o Plano Agrícola e Pecuário

O agricultor pegará um financiamento único, independente de quantas culturas tiver, de até R$ 650 mil. Para o custeio e comercialização, o governo vai destinar R$ 80,2 bilhões, 6% de aumento em relação ao plano passado.

Do total do custeio, a maior parte, 80% terá juros controlados de 6,75% ao ano. Os 20% restantes serão a juros de mercado. Sobre o valor para compra de matrizes e reprodutores, de R$ 200 mil por criador, o valor passa a ser de R$ 750 mil.

Além dessas medidas, o governo também criou uma linha especial para renovação e ampliação dos canaviais. A ideia é resolver o problema da falta de etanol no mercado no período de entressafra. Cada produtor poderá pegar até R$ 1 milhão a juros controlados com prazo de até cinco anos para pagar.



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