Dólar deve ficar em R$ 2 até o final de 2013, diz pesquisa do BC

O relatório Focus reúne as previsões do mercado para os principais dados macroeconômicos do país.

Os economistas acreditam que o governo deve continuar atuando no mercado de câmbio. | Divulgação
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Quem pretende viajar ou fazer compras no exterior deve planejar as despesas com o dólar na faixa de R$ 2 até o final de 2013, segundo a pesquisa Focus do Banco Central, divulgada nesta segunda-feira (13). Os economistas acreditam que o governo deve continuar atuando no mercado de câmbio evitando grandes oscilações da moeda norte-americana.

O relatório Focus reúne as previsões do mercado para os principais dados macroeconômicos do país. Além do câmbio, previsões para o PIB, inflação e juros também fazem parte da pesquisa.

Mesmo com a moeda norte-americana registrando valorização de quase 8% no ano, os brasileiros gastaram mais no exterior. Segundo dados do próprio BC divulgados em julho, os gastos chegaram a US$ 10,7 bilhões no primeiro semestre (alta de quase 5% em relação ao mesmo período do ano anterior).

Mercado eleva pela 5ª vez projeção para a inflação

O mercado elevou pela quinta vez seguida a projeção para a inflação neste ano, para 5,11%, ante 5% na semana anterior. A perspectiva para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) foi reduzida para 1,81%, ante 1,85% anteriormente, segundo o relatório. Para 2013, a projeção foi mantida em 4%.

Os analistas também mantiveram a perspectiva para a taxa básica de juros, a Selic --hoje na mínima histórica de 8% ao ano-- em 7,25% no final deste ano.

As projeções para a retração da produção industrial este ano pioram há 11 semanas. Desta vez, a estimativa de queda passou de 0,69% para 1%. No próximo ano, a expectativa é que haja recuperação, com crescimento de 4,3%, ante os 4,4% previstos no boletim divulgado na semana passada.

A previsão para o superavit comercial (saldo positivo de exportações menos importações) passou de US$ 17,6 bilhões para US$ 18 bilhões, neste ano, e de US$ 13,7 bilhões para US$ 14,2 bilhões, em 2013.

Para o deficit em transações correntes (registro das transações de compra e venda de mercadorias e serviços do Brasil com o exterior), a estimativa foi ajustada de US$ 59,63 bilhões para US$ 59,25 bilhões, este ano, e mantida em US$ 70 bilhões, em 2013.

A expectativa para o investimento estrangeiro direto (recursos que vão para o setor produtivo do país) foi mantida em US$ 55 bilhões, este ano, e em US$ 60 bilhões, em 2013.

Alimentos pressionam a alta da inflação

Os resultados da pesquisa do BC mostram que o mercado vê a inflação afastando-se do centro da meta oficial, de 4,5%, impulsionados pela divulgação do IPCA de julho, na semana passada, cuja alta acelerou para 0,43%, acumulando em 12 meses 5,20%. O resultado de julho foi pressionado, principalmente pela alta dos preços dos alimentos.

O repique da inflação, no entanto, não preocupa o governo, cuja avaliação é de que essas pressões são pontuais e vão perder força. O problema maior continua sendo a atividade econômica ainda fraca.

A redução da taxa básica de juros --que já passou por oito cortes seguidos desde agosto do ano passado--, faz parte da política do BC para impulsionar a economia. O Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne nos próximos dias 28 e 29 e a expectativa é de que haja mais um corte de 0,50% na taxa.



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