Dólar tem a sua maior queda semanal em seis meses e chega a R$ 2,25;veja

A moeda norte-americana encerrou o pregão em queda de 0,38%, a R$ 2,2594.

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O dólar fechou em queda nesta sexta-feira (28), dando continuidade à desvalorização de quase 2% da véspera, chegando ao patamar de R$ 2,25 e encerrando a semana com maior baixa em seis meses.

A moeda norte-americana encerrou o pregão em queda de 0,38%, a R$ 2,2594.

Na semana, o dólar recuou 2,88%, maior queda semanal desde o começo de setembro de 2013. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de US$ 2,8 bilhões, bem acima da média diária do mês de US$ 1,7 bilhão.

O Banco Central divulgou nesta sexta que o setor público brasileiro registrou superávit primário (economia feita pelo governo para pagar juros da dívida pública) de R$ 2,130 bilhões em fevereiro, surpreendendo positivamente o mercado.

"Os dados de superávit primário de hoje foram melhores do que o esperado, então isso deu ao mercado algum alívio de que as coisas podem estar melhorando", disse o analista da corretora SLW Pedro Galdi.

"Não é de soltar fogos, mas dado que o dólar já estava com um viés de queda nas últimas sessões, acabou trazendo um pouco mais de gás para esse movimento", disse à Reuters o tesoureiro de um banco internacional.

Queda no ano é de 4,16%

No mês, a moeda acumula desvalorização de 3,65%. Desde o início do ano, a divisa dos EUA acumula queda de 4,16% ante o real, após subir pouco mais de 15% no ano passado todo.

Segundo analistas, o alívio ocorre em função do fluxo cambial positivo diante de juros elevados no Brasil e do cenário menos pessimista no exterior.

Na véspera, o viés de queda se intensificou após pesquisa mostrar recuo na aprovação do governo da presidente Dilma Rousseff, num momento em que os mercados se mostram céticos sobre a condução da política econômica do país. Com isso, furou o nível de R$ 2,30, que alguns analistas acreditavam tratar-se de um piso informal.

"Agora que já passou a preocupação com o rebaixamento do rating brasileiro e a redução das compras de títulos nos Estados Unidos, há muito menos fatores pressionando o dólar para cima. É esperar para ver se o BC está confortável com isso", disse à Reuters o economista-chefe da corretora BGC Liquidez, Alfredo Barbutti, sem descartar contudo uma correção no curto prazo.

Atuação do BC

O Banco Central vendeu nesta sessão a oferta total de 10 mil swaps em leilão para rolagem. Com isso, já rolou pouco menos de 75% do lote total que vence na terça-feira e equivale a US$ 10,148 bilhões. O BC só tem mais segunda-feira para terminar de rolá-los, mas se mantiver esse ritmo ficarão faltando cerca de 45 mil swaps.

Mais cedo, o BC vendeu a oferta total de 4 mil swaps em sua atuação diária, todos com vencimento em 1º de dezembro deste ano e volume equivalente a US$ 198,3 milhões. A autoridade monetária ofertou também contratos para 1º de outubro, mas não vendeu nenhum.

Além disso, aceitou propostas no leilão de venda de até US$ 2 bilhões com compromisso de recompra para a rolagem dos contratos que vencem em 1º de abril. A taxa de recompra, em 2 de junho de 2014, ficou em R$ 2,300509.

O mercado também operava sob expectativa da formação da taxa Ptax de fevereiro na segunda-feira. Ela serve de referência para diversos contratos cambiais. Os agentes costumam disputar para influenciar a taxa de forma a favorecer suas posições.



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