Economia deve crescer menos do que previsto, diz BC

Alexandre Tombini afirmou que menor ritmo ajudará no combate à inflação

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A economia brasileira deverá crescer menos do que os 4,5% atualmente previstos pelo Banco Central, segundo avaliou o próprio presidente do BC, Alexandre Tombini, em reunião com senadores que fazem parte da CAE (Comissão de Assuntos Econômicos).

A informação foi confirmada por três fontes presentes no encontro. Segundo elas, Tombini não disse qual seria exatamente a nova projeção de crescimento para 2011, mas indicou que ela deverá estar no relatório de inflação do primeiro trimestre, que sai no final do mês.

De acordo com uma das fontes, o presidente do BC avaliou que o menor ritmo de crescimento do país ajudará na tarefa de combater a inflação e levá-la para a meta. Mesmo assim, segundo outras fontes, ele admitiu que dificilmente a inflação deste ano ficará no centro da meta (4,5%), embora tenha afirmado que isto acontecerá em 2012.

Inflação é o nome que se dá ao aumento do nível geral de preços de uma economia. Esse processo acaba fazendo com que o poder aquisitivo da moeda do país diminua, trazendo forte instabilidade a essa economia.

Atualmente, o BC utiliza uma meta de inflação que varia dois pontos percentuais para cima ou para baixo da meta estipulada (4,5%), o que significa que o índice estaria controlado se ficasse entre 2,5% e 6,5% no período que vai de janeiro a dezembro de 2011.

De acordo com dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no início do mês, de março de 2010 a fevereiro deste ano, os produtos e serviços analisados pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo, número usado pelo BC para controlar a inflação), já aumentou 6,01%. Isso significa que, faltando dez meses para o final do ano, a inflação já está quase superando o máximo previsto pelo BC.

Tombini, no entanto, afirmou aos parlamentares que o órgão tentará deixar o índice no nível mais baixo possível para este ano.

- A gente não jogou a toalha. Vamos tentar o mais baixo possível dentro do sistema de metas.

Autonomia

A avaliação feita aos senadores pelo presidente do BC foi de que a inflação deste ano tem influência da alta das commodities e da inércia inflacionária de 2010 (que é quando o processo de reajuste de preços de uma economia é baseado na inflação do ano anterior), além de outros fatores mais ligados à atividade econômica, como o setor de serviços.

Na última quinta-feira (17), a presidente da República, Dilma Rousseff, também se mostrou preocupada com o índice. Durante evento em Uberaba (MG), ela afirmou que a melhor maneira de combater a inflação é fazer o país crescer, aumentando a oferta de serviços. Dilma disse ainda que o BC tem autonomia para agir.

- Eu acredito num Banco Central extremamente profissional eu autônomo. E este Banco Central será profissional e autônomo. Não negocio com a inflação. Em nenhum momento eu tergiverso com inflação. E não acredito que o Banco Central o faça.



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