Empresários e taxistas apontam manobra política contra GNV

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As declara?es do ministro das Minas e Energia, Nelson Hubner, e do presidente da Petrobras, Jos? S?rgio Gabrielli, desaconselhando os motoristas a adaptarem seus autom?veis para o uso do g?s natural veicular (GNV), foram vistas como "manobras pol?ticas" por empres?rios ligados ao setor dos carros movidos a g?s.

O objetivo, segundo eles, seria promover os setores de produ??o do ?lcool (etanol). Empres?rios e taxistas (classe trabalhadora que faz muito uso do GNV), esperam que o governo cumpra a promessa de garantir o abastecimento para quem tem o carro com motor convertido para o GNV.

Para o engenheiro Antonio Jos? Teixeira Mendes, superintendente da Associa??o Brasileira do G?s Natural Veicular (ABGNV), "h? um interesse por parte do governo em fazer um acordo com o setor de a?car e ?lcool e promover uma pol?tica de desmanche do GNV". Segundo o engenheiro, o consumo do g?s veicular representa 6% de todo o consumo de g?s no pa?s, ou seja, um volume ?nfimo que n?o teria influ?ncia sobre a quest?o do abastecimento. De acordo com o governo, aprioridade ? garantir o g?s para as usinas termel?tricas.

Mendes afirma que no passado o GNV serviu ao governo para promover um crescimento da malha de dutos de distribui??o de g?s e agora que a malha cresceu, as mudan?as de direcionamento da Petrobras pode afetar quem depende do g?s para trabalhar - o pa?s tem 1,5 milh?o de carros convertidos para g?s natural veicular.

"Muitos motoristas investiram cerca de R$ 3 mil para converter seus carros para o GNV e incorporou o g?s no seu dia-a-dia. Al?m da diferen?a no pre?o em rela??o aos demais combust?vel, ele consegue um aproveitamento maior por quil?metro rodado", afirma. "E o que dizer do dono de postos de combust?vel GNV, que investiu R$ 1,5 milh?o e ainda est? em busca do retorno?". Segundo Mendes, os maiores prejudicados poder?o ser quem depende o GNV para o trabalho, como taxistas e empresas de distribui??o de carga.

Problema Social

Maur?cio Brazioli, diretor comercial da Osasgas, empresa especializada no trabalho de convers?o de motores de carros para o GNV, v? a quest?o como um problema social. De acordo com ele, os 1,5 milh?o de propriet?rios de carros convertidos para o g?s conseguem uma economia mensal de R$ 650 cada um por conta do ganho de combust?vel, o que representa uma economia de quase R$ 1 bilh?o por m?s.

"O GNV ? um agregador de sal?rio para a pessoa f?sica e representa redu??o de custo para a pessoa jur?dica. Acabar com isso vai representar desemprego e problemas sociais", diz Brazioli. A empresa dele faz em m?dia 400 convers?es por m?s e ainda n?o viu nenhuma queda na procura.

Silvio Ambrosini, diretor da G?sPoint GNV, n?o acredita que o mercado de g?s natural veicular ser? afetado. " e olharmos para o passado encontraremos v?rios outros momentos parecidos com o atual, brigas com a Venezuela, corte no fornecimento de g?s, aumento de pre?os e o que realmente aconteceu? Nada", afirma.

J? o presidente do Sindicato dos Taxistas Aut?nomos de S?o Paulo, Natal?cio Bezerra Silva, acha prudente os motoristas pararem de fazer a convers?o do carro para o GNV por enquanto e analisar os pr?ximos passos do governo. "Em outras ?pocas, o governo incentivou os motoristas a colocarem g?s nos carros, dizer que isso n?o vai mais dar certo para mim ? retroceder", afirma o sindicalista. A cidade de S?o Paulo conta com 10 mil t?xis movidos a g?s, o que representa quase 30% da frota.



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