Empresas de Eike “encolhem” R$ 13,8 bilhões em dois dias

Companhias “X” perderam no pregão do dia R$ 5,44 bi em valor de mercado.

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As companhias do empresário Eike Batista perderam R$ 13,8 bilhões em valor de mercado em dois dias, segundo levantamento feito pela consultoria Economatica a pedido do G1. As empresas "X" encolheram R$ 8,37 bilhões no pregão de quarta-feira (27) e nesta quinta-feira perderam mais R$ 5,44 bilhões.

O OGX Petróleo liderou as perdas: a empresa ficou R$ 10,74 bilhões ?menor? em valor de mercado nestes dois dias. Na quarta-feira, os papéis da empresa de petróleo e gás caíram mais de 25% e nesta quinta-feira recuaram quase 20%. Com isso, a empresa terminou o dia com valor de mercado de R$ 16,34 bilhões.

Desde o início do mês, as sete companhias com ações negociadas em bolsa (OGX, MMX, LLX, CCX, OSX, MPX e PortX) já ?encolheram? R$ 20,27 bilhões, segundo a Economatica. No ano, a perda de valor de mercado já chega a R$ 31,07 bilhões.

Nesta quinta-feira, Eike também despencou no ranking dos bilionários da Bloomberg. O empresário, que no dia anterior aparecia na 14ª posição, é agora o 21º da lista. O brasileiro, que chegou a ocupar a oitava posição no mês de março, tem sua fortuna avaliada atualmente em US$ 21,1 bilhões, uma "perda" de US$ 13,4 bilhões em relação ao valor estimado pela Bloomberg no fim de março (US$ 34,5 bilhões).

Desconfiança dos investidores

Na noite de terça-feira, a OGX divulgou que a vazão de óleo nos primeiros poços perfurados pela empresa em um campo na bacia de Campos é de 5 mil barris de óleo equivalente (boe) por dia, apenas um terço do que o mercado esperava. A notícia contaminou o desempenho das demais ações do grupo de Batista, que também tiveram perdas acentuadas.

Nos dois últimos pregões, a ação da OGX derreteu quase 40%, após a empresa de petróleo e gás divulgar na noite de terça-feira dados de produção muito abaixo do esperado pelo mercado, levando analistas a questionar as bases do programa de crescimento das empresas do grupo.

Em teleconferência nesta quarta-feira, o bilionário Eike Batista tentou acalmar os investidores. O empresário afirmou que o grupo está trabalhando para elevar a produtividade dos poços na Bacia de Campos e descartou qualquer chance de falência da empresa. Segundo ele, a OGX é uma empresa sólida, com caixa e "muito viável".

Os esforços do bilionário, no entanto, para acalmar investidores surtiram pouco efeito e o mercado continua questionando as bases do programa de crescimento das empresas "X".

"O mercado se decepcionou (com OGX) e tem investidor grande que não quer mais ficar na empresa de jeito nenhum, o que leva a ainda mais ajustes no papel. Mas a ação deve encontrar um patamar mínimo de acomodação", afirmou o sócio da Principal Capital Management, Marcello Paixão.

"A tendência é que o papel continue pressionado até que a empresa mostre resultados condizentes ou acima da expectativa", disse o analista Erick Scott, da SLW Corretora.



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