Famílias com renda de até R$ 1.120 por pessoa gastaram mais de R$ 1 tri

Esse público tem uma renda por pessoa da família de R$ 320 a R$ 1.120 e é responsável por movimentar 58% do crédito no Brasil.

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A classe média brasileira, composta por cerca de 108 milhões de pessoas atualmente, gastou mais de R$ 1,17 trilhão em 2013. Esse público tem uma renda por pessoa da família de R$ 320 a R$ 1.120 e é responsável por movimentar 58% do crédito no Brasil.

Os dados fazem parte de um estudo realizado em parceria pela Serasa Experian e pelo Data Popular, divulgado nesta terça-feira (18).

Se fosse um país, a classe média brasileira estaria em 18º lugar em consumo no mundo. Apenas neste ano, a chamada "classe C" pretende gastar 8,5 milhões com viagens nacionais, 6,7 milhões com aparelhos de TV, 4,8 milhões com geladeiras e 4,5 milhões em tablets.

O estudo ?Faces da Classe Média? apresenta um novo recorte sobre esse grupo com o objetivo de auxiliar as empresas a atingir a classe C.

A ideia ainda é ajudar empreendedores a tomarem decisões como, por exemplo, sobre o local onde se deve montar uma loja ou quais ações precisam seguir para atrair esse clientes.

A maior parte dessas pessoas da classe média é considerada "batalhadora" e melhorou de vida nos últimos anos. Para o presidente do Serasa Experian, Ricardo Loureiro, os programas de transferência de renda, a formalização do emprego e o aumento do salário contribuíram para que a classe média fosse se desenvolvendo ao longo do anos.

No levantamento divulgado hoje, os 108 milhões de brasileiros que compõem essa classe média (54% da população brasileira) foram divididos em quatros grupos: os batalhadores, os promissores, os experientes e os empreendedores.

Desse total, 30,3 milhões estão inseridos no grupo ?batalhadores?. Segundo o presidente do Instituto Data Popular, Renato Meirelles, eles são pessoas que melhoraram de vida graças ao emprego com carteira assinada.

? As conquistas vieram por meio de muito trabalho e esforço. E [essas pessoas] são apreensivas em relação ao futuro dos filhos.

Os representantes desse segmento têm idade média de 40 anos. Majoritariamente formado por solteiros (72%), o grupo tem 49% de seus membros com registro profissional, e 41% deles acessam a internet.

Por ano, essa turma gasta R$ 388,9 bilhões em consumo. Neste ano, eles querem gastar com viagens de avião para destinos nacionais, móveis para a casa, máquina de lavar, TV, imóvel e carro.

Em segundo lugar na lista do consumo aparecem os aposentados, que já representam 26% dessa classe média e estão inseridos no grupo dos experientes. Eles são consumidores com idade média de 65 anos e são desconectados ? apenas 7% deles têm acesso regular à internet.

? Sessenta e cinco por cento dos experientes já passaram fome na vida. Eles viveram num passado de desemprego e analfabetismo.

Jovens

Os jovens da classe média compõem o grupo dos promissores, que representam 14,7 milhões de pessoas da classe C e possuem uma média de idade de 22,2 anos. É um perfil que trabalha desde cedo, destaca Renato Meirelles.

? Provavelmente, eles serão a primeira geração de universitários na família brasileira. É um perfil altamente conectado e que enxerga nas redes sociais uma forma de se expressar para o resto do mundo.

Os gastos deles neste ano estarão relacionados a academia de ginástica, faculdade, curso profissionalizante, móveis para casa, notebook, smartphone, carro e moto.

Os consumidores de maior renda e mais escolarizados da classe média foram colocados no grupo ?empreendedores?.

Nesse segmento, as mulheres vêm investindo em negócios relacionados a buffet e serviços de beleza. São, por exemplo, empreendedoras que montaram pequenos salões de bairro.

Já os homens empreendedores montaram um comércio ou são autônomos ? trabalham, por exemplo, vendendo planos de saúde.

Segundo Meirelles, esse grupo é extremamente focado em educação profissional e seus representantes estão fazendo a primeira viagem internacional ? sempre comprando a passagem via agência de viagens.

Regiões

A maior parte dessa classe média está na região Sudeste do Brasil (43%). O Nordeste é a segunda região, com 26% da classe C. Em seguida aparecem o Sul (15%), Centro-Oeste (8%) e Norte (8%).

A pesquisa foi feita ao longo de um ano e realizou 3.000 entrevistas diretas em todo o Brasil. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.



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