Fazenda de ex-presidente da Vasp é comprada por R$ 430 mi

Dinheiro deve pagar parte da dívida trabalhista deixada pela Vasp

Avalie a matéria:
Aviões da Vasp se deterioram no Aeroporto | G1
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Foi vendida em leilão por R$ 430 milhões na tarde desta quarta-feira (24) a Fazenda Piratininga, do empresário Wagner Canhedo Azevedo, ex-presidente da falida aérea Vasp, de acordo com a a assessoria de imprensa dos 12 leiloeiros oficiais do Estado de São Paulo.

A propriedade estava avaliada em R$ 615 milhões.

A reportagem procurou Canhedo, por telefone, após a divulgação do resultado do leilão e aguarda retorno.

O dinheiro deve ser usado para pagar parte da dívida trabalhista deixada pela empresa, de acordo com o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região.

A fazenda pertence à Agropecuária Vale do Araguaia, de Goiás, ligada ao Grupo Canhedo, do empresário Wagner Canhedo. O empresário também é dono da empresa de ônibus Viplan, de Brasília.

Em abril, a fazenda foi a leilão, mas não teve comprador.

Na véspera, por telefone, Canhedo reclamou sobre a venda da fazenda, que considera um investimento arriscado.

"A fazenda tem muitas pendências judiciais a serem julgadas ainda. Se tiver algum maluco querendo dar lance lá, ele vai jogar dinheiro no fogo. Seria melhor aguardar o julgamento de todas as pendências", afirmou ele, que considera que o patrimônio da Vasp seria suficiente para pagar as dívidas da aérea falida.

Histórico

A venda da fazenda Piratininga foi pedida por meio de ação civil pública pelo Ministério Público do Trabalho e Sindicato dos Aeronautas e Aeroviários, para garantir o pagamento dos direitos trabalhistas após a falência. Segundo o tribunal, o empresário Wagner Canhedo havia se comprometido a quitar os débitos, mas descumpriu o acordo.

Entre os itens que estavam previstos na venda judicial estão 47 mil vacas da raça nelore, mil bezerros, 1,6 mil touros, tratores e outros equipamentos, além de veículos, como 20 caminhões, dois ônibus e caminhonetes.

A ação civil não faz parte do processo de falência da Vasp e foi aberta para que os trabalhadores possam receber seus direitos mais rapidamente

Fundada em 1933, a Vasp deixou de voar por problemas financeiros em 2004, demitindo boa parte de seus funcionários e mantendo serviços de assistência técnica a algumas outras companhias em seu pátio no Aeroporto de Congonhas, onde ficaram estacionados os aviões que a empresa não utilizava mais.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES