Fernando Haddad põe a culpa na Selic por queda de 2% na prévia do PIB

A manutenção das altas taxas de juros no Brasil, atualmente em 13,75%, tem sido alvo de críticas por parte de membros do Governo Federa

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad | Valter Campanato/Agência Brasil
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ministro da Fazenda, Fernando Haddaddeclarou nesta segunda-feira, 17, que a queda na atividade econômica brasileira era previsível e esperada após um longo período de taxas de juros reais muito elevadas. Os dados do Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), divulgados hoje, pelo Banco Central, são considerados uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB). 

O valor do mês de maio registrou uma queda de 2% levando em consideração ao mês anterior, ajustado sazonalmente. Esse resultado é o pior para o mês em cinco anos, ficando atrás apenas de 2018, quando houve uma queda de 3,08%. O resultado ficou abaixo da das projeções do mercado financeiro, que aguarda uma ligeira queda para o mês. O ministro afirmou que tem recebido muitos feedbacks de prefeitos e governadores sobre a arrecadação.

“A pretendida desaceleração da economia pelo BC chegou forte e a gente precisa ter muita cautela com o que pode acontecer se as taxas forem mantidas na casa de 10% de juro real ao ano”, declarou Haddad.

A manutenção das altas taxas de juros no Brasil, atualmente em 13,75%, tem sido alvo de críticas por parte de membros do Governo Federal, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o próprio ministro Fernando Haddad e o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin (PSB), que declarou nesta segunda que as coisas estão caminhando bem no País, com inflação em queda, câmbio competitivo, reforma tributária aprovada na Câmara, arcabouço fiscal encaminhado. "Só faltam os escandalosos juros caírem e nós vamos ter uma geração de emprego ainda mais forte", disse. Alckmin.

Fernando Haddad afirmou na última quinta-feira, 13, que não se discute mais quando o Banco Central reduzirá as taxas de juros, mas qual será a porcentagem de redução. "Há três meses eu dizia que o problema não era 'se', mas 'quando' haveria o corte. Agora, não é mais 'quando', é 'quanto'", disse durante entrevista concedida à RedeTV.

No dia 21 de junho, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu manter a taxa Selic em 13,75% ao ano, justificando que "é compatível com a estratégia de convergência da inflação para a meta ao longo do horizonte relevante". Segundo Haddad, "há espaço" para que a redução seja superior a 0,25%. 

O IBC-Br analisa a evolução da atividade econômica e ajuda o Banco Central na tomada de decisões a respeito de possíveis mudanças na taxa Selic, que é a taxa básica de juros. O índice tem como base as informações sobre a atividade industrial, comercial e de serviços, além do volume de impostos. Entretanto, o PIB é  o indicador de desempenho econômico oficial do Brasil , que representa a soma de todos os bens e serviços produzidos, conforme cálculo feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No primeiro trimestre deste ano, o PIB do Brasil cresceu 1,9% em comparação com o anterior. Os dados do segundo trimestre serão publicados em setembro.



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