FGV aponta queda de 0,14% do IGP-M em agosto; em 12 meses a queda é de 7,2%

Indicador calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência

IGP-M de agosto registrou queda de 0,14% | Getty Images
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A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou nesta quinta-feira (30), que o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), que é o indicador que calcula a inflação do aluguel, registrou queda de 0,14% no mês de agosto, após recuo de 0,72% no mês de julho. Com isso, o índice acumula taxa de -5,28% em 2023, chegando a -7,20% em 12 meses.

O coordenador dos índices de preços da FGV, André Braz, apontou que nesta apuração do IGP-M sofreu uma forte influencia dos produtos agropecuários e industriais, que “contribuíram para a taxa menos negativa do índice ao produtor”. Ele aponta ainda que a soja teve a maior influência, no setor agrícola, de 0,03% para 5,3%, e no setor industrial o óleo diesel foi destaque, de 0,00% para 4,15%.

“A taxa do INCC acelerou e foi outro destaque importante a contribuir para a queda menos intensa do IGP-M, sendo a mão-de-obra (de 0,38% para 0,71%) a principal contribuição para a aceleração deste índice”, afirma André Braz.

O vice presidente Geraldo Alckmin usou suas redes sociais para comemorar o resultado apontado pela FGV. Alckmin destacou que “a expectativa do mercado era de uma inflação de 0,03%”, mas que o resultado é o segundo melhor acumulado em 12 meses desde 1990, quando o IGP-M passou a ser divulgado. Ele finaliza comemorando: “Bom cenário de custos para a indústria e para o bolso dos consumidores”.

Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30% no índice geral, caiu 0,19% em agosto, abandonando alta anterior de 0,11%. A maior contribuição para esse resultado partiu do grupo Educação, Leitura e Recreação, que passou a cair 1,19% no período, contra alta de 1,15% em julho.

Entre os componentes do grupo, o destaque ficou para o item passagem aérea, que despencou 8,72%, frente a alta de 5,88% no mês anterior. Enquanto isso, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,24% em agosto, ante variação positiva de 0,06% em julho.

“A taxa do INCC acelerou e foi outro destaque importante a contribuir para a queda menos intensa do IGP-M, sendo a mão de obra (de 0,38% para 0,71%) a principal contribuição para a aceleração deste índice”, explicou Braz.

Os dados do IGP-M foram divulgados após a leitura do IPCA-15 mais alta do que o esperado da semana passada ter indicado que a inflação brasileira já atingiu seu ponto mais baixo do ano, como era esperado. O IGP-M calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, reduziu a baixa para 0,17% em agosto, ante queda de 1,05% em julho.



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