Funcionários de aéreas mantêm greve para dia 23, antevéspera de Natal

Em reunião nesta terça-feira, aeroviários não fecharam acordo com empresas

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Caos nos aeroportos | Arquivo
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Os funcionários e as empresas aéreas não chegaram a um acordo sobre o reajuste dos salários da categoria em reunião realizada nesta terça-feira (21), em Brasília, com a intermediação do Ministério Público do Trabalho. Com isso, a ameaça de greve dos trabalhadores do setor foi mantida para o próximo dia 23, antevéspera do Natal, o que deverá prejudicar as viagens de fim de ano dos brasileiros.

A presidente do SNA (Sindicato Nacional dos Aeroviários), Selma Balbino, afirmou que as empresas não fizeram nenhuma proposta diferente na reunião de hoje.

Ela explicou que, como não houve fato novo na negociação, não haverá necessidade de nova assembleia da categoria.

Aeroviários (funcionários que trabalham em terra) e aeronautas (pilotos e comissários) reivindicavam 15% de aumento salarial, mas, diante das dificuldades de negociação, reduziram a proposta para 13%, segundo Selma Balbino.

As companhias aéreas, entretanto, estão dispostas apenas a repor a inflação do período, medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), de 6,08%.

A sindicalista acusou as companhias aéreas de atribuir aos aeroviários e aeronautas a culpa pelos atrasos de voos que vêm sendo registrados há dias nos principais aeroportos brasileiros.

- Essa radicalidade deles está pautada para a sociedade achar que o motivo de atrasos e overbooking [venda de passagens em número maior que o número de assentos do avião] é por culpa nossa.

No último dia 15, o SNA e o Sindicato Nacional dos Aeronautas anunciaram uma paralisação conjunta a partir do dia 23 de dezembro. A decisão se seguiu a uma reunião entre as partes, e que não resultou em acordo sobre reajuste salarial.

No dia 7 deste mês, o aeroporto de Congonhas recebeu uma manifestação dos trabalhadores dos aeroportos e das companhias aéreas por melhores salários. Quase 130 aeronautas e aeroviários participaram do protesto. Um dia depois, cerca de 300 funcionários de empresas aéreas fizeram um protesto que complicou o trânsito na avenida Vinte de Janeiro - um dos acessos ao aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, no Rio de Janeiro. O objetivo da manifestação, segundo o SNA, era atrasar os voos no aeroporto para chamar a atenção das empresas.

No início de dezembro, os sindicatos dos aeronautas e dos aeroviários convocaram uma operação padrão nos aeroportos brasileiros. Havia uma expectativa de cancelamentos e atrasos de voos, mas a manifestação não causou grandes transtornos para os passageiros.



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