O ministro da Fazenda, Guido Mantega, admitiu nesta quarta-feira (21) que o preço da gasolina será reajustado. Entretanto, ele não informou quando isso acontecerá. Se limitou a dizer que o aumento virá "no momento certo". O ministro é o presidente do Conselho da empresa estatal.
"Temos de ficar felizes que o custo do combustível não está crescendo. Fizemos uma isenção de CIDE, que são R$ 7 bilhões [que o governo deixará de arrecadar] neste ano justamente para não aumentar o preço para a população. Ela [Maria das Graças Foster, presidente da Petrobras] gostaria [que houvesse o aumento]. No momento certo, haverá atualização", declarou Mantega a jornalistas.
De acordo com o ministro da Fazesnda, a Petrobras não tem nenhuma dificuldade de caixa. "Tem um caixa muito maior do que você imagina. É o maior caixa de todas as empresas brasileiras. Ela não tem dificuldade de investimento. Pelo contrário, a dificuldade é dos fornecedores entregarem o produto que foi comprado. Então, nós temos brigado para que eles entreguem as sondas, as plataformas, os navios, para que a gente possa apressar a exploração do petróleo", afirmou ele.
Último aumento
No fim de junho, a Petrobras anunciou um aumento do preço dos combustíveis cobrados nas refinarias. A gasolina teve aumento de 7,83%, e o diesel, de 3,94%, desde 25 de junho.
Entretanto, o Ministério da Fazenda isentou a comercialização destes combustíveis da cobrança da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide). "Dessa forma, os preços, com impostos, cobrados das distribuidoras e pagos pelos consumidores não terão aumento", informou na ocasião.
Como a Cide já está zerada, um eventual novo reajuste seria necessariamente repassado para os preços ao consumidor.
Petrobras
Em outubro, a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, afirmou que um aumento de combustíveis no Brasil é algo que ocorrerá "certamente", mas acrescentou que ainda não há prazo para isso acontecer.
"O aumento de combustíveis certamente virá. Quando? Não tem data, é importante dizer", afirmou ela. Graça ressaltou, naquele momento, que o aumento não ocorreria no curto prazo.
"Não há previsão para aumento de combustíveis. Se você olha o longo prazo, médio prazo, eu diria que sim [que haverá alta]. Mas quando você olha o curto prazo, não há previsão para aumento de combustível no país", declarou a presidente da Petrobras na ocasião.
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