Empregos com carteira assinada recuam 38% no mês de outubro

Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta sexta-feira pelo Ministério do Trabalho

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Em outubro deste ano foram gerados 126.143 empregos com carteira assinada, o terceiro pior resultado para o mês desde 2003, quando foram criadas 61.401 vagas. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta sexta-feira pelo Ministério do Trabalho. O resultado é 38,41% menor que o registrado em outubro do ano passado, quando foram criadas 204.804 postos de trabalho formais. O recorde para o mês foi em outubro de 2009, quando foram geradas 230,9 mil vagas.

De janeiro a outubro deste ano, foram criadas 2,241 milhões de vagas. O número será revisto no mês que vem. Nos primeiros dez meses do ano foram geradas menos vagas que no mesmo período de 2010, quando houve o recorde de abertura de 2,742 milhões de postos de trabalho formais. O resultado, no entanto, pode mudar, já que outubro ainda não leva em consideração as vagas declaradas fora do prazo pelas empresas.

O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, atribui o resultado negativo ao impacto da crise internacional na indústria. "Penso que o maior efeito da crise atinge principalmente São Paulo, porque é lá que temos o maior parque industrial brasileiro. A crise internacional diminui as encomendas e o Estado com maior produção industrial acaba sofrendo mais. Em outubro deste ano, houve praticamente a metade de geração de emprego no mesmo mês de 2010", disse o ministro.

Outro efeito negativo é a entressafra da cana-de-açúcar, que reduziu o número de postos de trabalho em São Paulo e Minas Gerais, principalmente. No cultivo da cana foram extintas 12,6 mil vagas, sendo 9,1 mil somente em São Paulo.

O número de admissões em outubro foi de 1,664 milhão, contra 1,538 milhão de demissões. Ambos os resultados são recordes para o mês. O ministro afirmou que o dado demonstra a alta rotatividade do mercado brasileiro, e por isso a pasta deve lançar, na próxima semana, um estudo sobre o caso.

Segundo o Ministério do Trabalho, o saldo de empregos em outubro foi puxado pelo setor de serviços, que contratou 77,201 mil novos funcionários - o segundo melhor resultado para o mês. O comércio contratou quase 61 mil novas pessoas em outubro, um crescimento de 0,74% em relação a setembro - a maior taxa de crescimento entre os setores pesquisados.

Previsão

Lupi havia previsto, no início do ano, que a geração de empregos formais chegaria aos 3 milhões, mas pela conjuntura internacional, o ministro resolveu moderar as expectativas. "Acho que vamos chegar a 2,4 milhões, mas ainda assim creio que vai ser difícil atingir esse resultado", disse.



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