GM anuncia que sai da concordata nos EUA

As autoridades americanas e canadenses entregaram à GMC cerca de US$ 50 bilhões

GM sai da concordata nos EUA | Divulgação
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Após 40 dias em concordata, a montadora americana General Motors (GM) anunciou oficialmente nesta sexta-feira (10), em Detroit, o plano de reestruturação e o nascimento da nova companhia, que será nomeada General Motors Company (GMC). O anúncio foi feito um dia após ter expirado o prazo legal para que os opositores a seu plano de saída da quebra apresentassem algum recurso de apelação

As autoridades americanas e canadenses entregaram à GMC cerca de US$ 50 bilhões para a compra dos ativos da GM que irão assegurar a operação da nova companhia, que estará formada pelas marcas Chevrolet, Cadillac, GMC e Buick.

Em troca de sua contribuição monetária, o governo americano possuirá 60,8% da GMC. As autoridades canadenses, que entrarão com pouco mais de US$ 9 bilhões, controlarão 11,7%.

O resto será repartido entre sindicato United Auto Workers (UAW), com 17,5%, e os credores da GM, que terão 10%. Estes dois grupos poderão aumentar posteriormente sua participação até 20% e 25%, respectivamente.

A nova GM surge após ter reduzido dívidas e obrigações com seguro-saúde em 48 bilhões de dólares, fechar quase 40% de sua rede de concessionárias e eliminar as marcas Saab, Saturn, Hummer e Pontiac. Na Europa, as negociações para a venda de uma participação majoritária da Opel continuam.

O governo americano disse na semana passada que está preparado para abandonar sua participação na GMC em 2010 assim que a companhia fizer uma oferta pública de ações.

Efeitos da concordata

A aprovação da venda pela corte judicial marca a conclusão de um esforço sem precedentes do governo norte-americano para salvar a GM e a Chrysler por meio da redução de dívidas, custos trabalhistas e concessionárias.

As vendas da montadora despencaram 36 por cento durante junho quando pediu proteção judicial contra falência. Executivos disseram que o relançamento da companhia é uma chance de tentar quebrar a associação negativa dos consumidores.

"Eu realmente espero pelo momento em que estaremos operando no azul e o nome da companhia não será associado à concordata", afirmou Mark LaNeve, diretor de vendas da GM.

O presidente executivo, Fritz Henderson, já detalhou planos de tornar a companhia mais produtiva e menos burocrática, reduzindo o número de executivos. De acordo Henderson serão cortados 35% dos ocupantes da alta direção e 20% de trabalhadores, passando de 91 mil para 64 mil funcionários até outubro deste ano.

Outro pilar do plano é o compromisso da GM de lançar mais carros de consumo eficiente de combustível, como o Volt (modelo elétrico que será lançado no ano que vem), e concentrar seus recursos em menos marcas, modelos e concessionárias.

A companhia queimou 40 bilhões de dólares nos últimos quatro anos e registrou perdas de mais de 80 bilhões de dólares no período.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Avalie a matéria:
Tópicos
SEÇÕES