Governo ainda quer corte médio de 20% na energia em 2013

Entretanto, ministro não deu certeza de que meta será atingida. Mantega se disse “surpreso” com recusa de empresas em aceitar plano

Avalie a matéria:
|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, informou nesta quarta-feira (5) que o governo ainda tentará viabilizar um corte médio de 20,2% no preço da energia elétrica em 2013, apesar da recusa das empresas Cesp (São Paulo), Cemig (Minas Gerais) e Copel (Paraná) em aceitar as condições do governo para participar do plano.

Com a decisão destas empresas em não aderir ao plano, o corte médio no preço da energia previsto para o próximo ano, até o momento, é de 16,7%. As três empresas que se recusaram a aceitar a proposta do governo são controladas por governos estaduais, todos administrados pelo PSDB, partido que faz oposição ao governo da presidente Dilma Rousseff.

"Estamos estudando como viabilizar redução de 20%. É difícil (...) Teoricamente, o Tesouro Nacional pode entrar. Mas por enquanto, não há definição", declarou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, acrescentando que não pode "tudo ficar nas costas do governo federal".

"O governo tem limites para redução de tributos, principalmente os tributos permanentes", declarou o ministro da Fazenda, referindo-se à possibilidade de redução do PIS e da Cofins sobre a energia. "Tem de estar no orçamento do próximo ano e ter espaço fiscal. Não estamos tendo esse espaço. Não temos solução para o problema de tarifas. Temos assegurado [um recuo médio] de cerca de 17%", acrescentou Mantega.

Pela manhã, a presidente Dilma Rousseff afirmou, em discurso a empresários durante o 7º Encontro Nacional da Indústria, que o governo federal ?não recuará? da decisão de reduzir o preço da energia no Brasil.

"Surpreso"

Ele também se mostrou "surpreso" com a decisão da Cesp (São Paulo), da Cemig (Minas Gerais) e da Copel (Paraná) em não aceitar as condições propostas pelo governo federal.

"Queria dizer da minha surpresa. Os estados que mais vão se beneficiar com estas medidas. A população terá maior poder aquisitivo. Ficamos surpresos com essa falta de colaboração com esta medida tão importante para a economia brasileira e para todos. Não corresponde com a boa vontade do governo federal. Temos liberado crédito e espaço fiscal. Temos trabalhado para que ampliem os investimentos", declarou Mantega.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES