Governo deve insistir na meta fiscal, mesmo que não a cumpra, diz Campos Neto

Chefe do BC se reúne pela 1ª vez hoje com Lula, que tem criticado duramente a política de juros

Governo deve insistir na meta fiscal, mesmo que não a cumpra, diz Campos Neto | Reprodução
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O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou hoje (27) que é fundamental para o governo federal manter o esforço de buscar a eliminação do déficit nas contas públicas até 2024, conforme estipulado na proposta de orçamento, mesmo que essa meta não seja atingida.

Essa declaração foi feita por Campos Neto durante uma audiência pública na Comissão de Finanças da Câmara dos Deputados, algumas horas antes de sua reunião agendada com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Vale ressaltar que Lula tem expressado críticas contundentes a Campos Neto, principalmente em relação à condução da política monetária e à taxa básica de juros, a Selic, pelo Banco Central.

"Eu acho que o que os agentes econômicos vão ver é qual foi o esforço que o governo teve na direção de cumprir a meta", afirmou o presidente do BC na audiência da Câmara.

ampos Neto também ressaltou que o Ministério da Fazenda indicou a necessidade de "receitas adicionais bastante substanciais" para alcançar a meta de déficit zero em suas contas até 2024. Conforme cálculos da área econômica, seriam requeridos R$ 168 bilhões em aumento da arrecadação.

Especialistas reconhecem a importância de reduzir os gastos para contribuir para o equilíbrio das contas, mas, de acordo com o presidente do BC, é compreensível a dificuldade que os governos enfrentam para implementar cortes de despesas.

"Apesar do reconhecimento da dificuldade em atingir a meta e da complexidade em cortar gastos - não apenas no atual governo, mas estruturalmente é um desafio - é essencial persistir na busca por essa meta. Nossa mensagem é de perseverança, alinhada com o que o ministro Haddad tem enfatizado. Acreditamos que esse é um caminho promissor", acrescentou Campos Neto.

Conforme uma pesquisa conduzida pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda, divulgada recentemente, o mercado financeiro prevê um déficit de R$ 83 bilhões nas contas do governo para o próximo ano.



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