Inflação oficial acumula alta de 6,7% em 12 meses e bate teto, afirma IBGE

Em junho, IPCA ultrapassou o teto da meta de inflação do governo. De maio para junho, a inflação desacelerou

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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, por ser usado como base para as metas do governo, desacelerou de 0,37% em maio para 0,26% em junho, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em pesquisa divulgada nesta sexta-feira (5). Com isso, o acumulado no ano ficou em 3,15% e, em 12 meses, em 6,7% - ultrapassando o teto da meta de inflação do governo federal. Esse é a maior taxa desde outubro de 2011, quando chegara a 6,97%.

Em maio, o índice havia batido o teto da meta, de 6,5%. Essa é a segunda vez no ano em que o teto da meta é ultrapassado. A primeira foi em março.

Segundo o IBGE, a taxa de junho, de 0,26%, é a menor desde junho de 2012, que registrara variação de 0,08%.

Na análise dos grupos de gastos, o de alimentação e bebidas apresentaram uma forte desaceleração, de 0,31% em maio para 0,04% em junho - o menor resultado desde julho de 2011 (-0,34%), segundo aponta a pesquisa. "Pela quinta vez consecutiva, o grupo ficou abaixo do mês anterior, mas o primeiro semestre fechou em 6,02%, acima dos 3,26% do primeiro de 2012." O grupo fechou o primeiro semestre em 6,02%.

Além dos alimentos, também mostraram desaceleração as variações de remédios (de 1,61% para zero), que integran os cálculos do grupo saúde e cuidados pessoais (de 0,94% em maio para 0,36% em junho). Os remédios tiveram o maior destaque porque, em maio, seus preços havia aumentado 1,61%. No primeiro semestre, o item acumula alta de 4,79% neste primeiro semestre do ano.

Apesar de a queda de preços da gasolina (de ?0,52% para ?0,93%) e do etanol (de ?1,97% para ?5,33%) ter aumento, o grupo de transportes passou de uma variação negativa de 0,25%, em maio, para alta de 0,14% no mês seguinte. Dentro desse grupo, as tarifas dos ônibus urbanos lideraram os impactos positivos, apresentando alta de 2,61%, após cair 0,02% no mês anterior.

Na passagem de maio para junho, outros itens contribuíram para a perda de força de IPCA, como empregado doméstico (de 0,76% para 0,50%), mão de obra para pequenos reparos (de 1,94% para 0,35%) e artigos de limpeza (de 0,83% para 0,12%) e artigos de vestuário (de 0,84% para 0,50%).

Na análise regional, a maior variação foi verificada no do Rio de Janeiro (0,65%), e a menor, em Belém (-0,07%) e Curitiba (-0,01%).

INPC

Também foi divulgado, nesta sexta, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que variou 0,28% em junho, abaixo do resultado de 0,35% de maio. Com isto, a variação no ano foi de 3,30% e, em 12 meses, de 6,97%. Em junho de 2012, o INPC havia ficado em 0,26%.

Os alimentos apresentaram variação de -0,10% em junho, enquanto os não alimentícios aumentaram 0,44%. Em maio, os resultados ficaram em 0,27% e 0,38%, respectivamente.



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