Investimento no setor automobilístico pode chegar a R$ 130 bi, diz Merlong

O mercado automobilístico brasileiro experimenta um novo impulso com anúncios de investimentos que alcançam a marca impressionante de cerca de R$ 130 bilhões até 2033. Esta é a maior injeção de recursos já registrada no setor, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

Causa: Em um discurso proferido no plenário da Câmara Federal, o deputado Merlong Solano atribuiu esse renascimento dos investimentos à recuperação da confiança e credibilidade dos investidores nas novas políticas econômicas adotadas pelo governo federal, incluindo ajustes fiscais e incentivos mais claros para a indústria.

Segundo o deputado, após um período de dificuldades no setor, que culminou na saída da Ford em janeiro de 2021, o Brasil voltou a atrair as grandes montadoras. 

"Entre o final de 2023 e o início de 2024, uma onda otimista tomou conta da indústria automobilística brasileira. Isso reflete as mudanças na condução da nossa economia. Em pouco mais de 15 meses, 11 grandes montadoras anunciaram investimentos bilionários no Brasil, totalizando quase R$ 130 bilhões até 2030."

Credibilidade: De acordo com o parlamentar, o mundo empresarial voltou seu olhar para o Brasil, reconhecendo um governo com planejamento e uma política industrial disposta a investir R$ 300 bilhões. "A condução da economia brasileira mudou significativamente, graças à visão do nosso Presidente Lula e do Ministro Fernando Haddad. Palavras como confiança e credibilidade explicam o que está acontecendo no Brasil, não apenas na indústria automobilística, mas em outros setores econômicos que têm impulsionado o crescimento do PIB, superando constantemente as expectativas", enfatizou Merlong.

Além disso, o deputado atribuiu a reforma tributária como um dos fatores responsáveis pela retomada dos investimentos estrangeiros, pois visa reduzir o ônus do atual sistema tributário sobre a indústria brasileira.

Juros: Merlong também destacou a tendência de queda da taxa básica de juros da Selic, que passou de 13,75% para 10,25%, com expectativa de alcançar 9% até o final do ano, e o programa Mobilidade Verde (Mover). Este programa, entre outras medidas, oferece crédito para quem investir em pesquisas, desenvolvimento e produção tecnológica para facilitar a descarbonização da frota de veículos.

Merlong concluiu seu discurso destacando a importância da previsibilidade, do respeito aos contratos e do planejamento econômico para o Brasil seguir esse caminho de crescimento, além de ressaltar a necessidade de um ajuste fiscal que não prejudique a capacidade de investimento do setor público.